Economia

Azores Airlines em risco de insolvência: implicações financeiras alarmantes

O futuro da Azores Airlines é incerto, com a possibilidade de insolvência a representar um custo superior a 300 milhões de euros, avisa o secretário das Finanças.

09/07/2025 15:15
Azores Airlines em risco de insolvência: implicações financeiras alarmantes

O secretário regional das Finanças, Duarte Freitas, alertou que caso a privatização da Azores Airlines não seja bem-sucedida, a companhia poderá enfrentar uma insolvência, que acarretaria custos superiores a 300 milhões de euros.

Durante um debate de urgência no parlamento açoriano, realizado na cidade da Horta e promovido pelo Chega, Freitas enfatizou que a insolvência não apenas deixaria a companhia com um passivo significativo, mas também implicaria indemnizações aos trabalhadores que poderiam elevar o custo total.

O governante manifestou, no entanto, que as negociações para a privatização da Azores Airlines estão a ser conduzidas de maneira promissora, tanto com o consórcio Newtor/MS Aviation como com a Comissão Europeia, com quem o Governo Regional se comprometeu a alienar 76% do capital da empresa.

Freitas afirmou: "A Comissão Europeia já confirmou que o processo está a avançar conforme planeado, e estamos optimistas quanto à conclusão deste processo."

O debate promovido pelo Chega tinha como objetivo sublinhar os sérios problemas económicos enfrentados pela companhia, que reportou prejuízos de 71 milhões de euros só em 2024. Francisco Lima, do Chega, criticou a gestão da empresa, apontando para décadas de má administração.

A secretária regional do Turismo, Berta Cabral, ressaltou que os prejuízos da Azores Airlines resultam, em grande parte, de custos relacionados com acordos laborais e depreciações, mas expressou otimismo quanto à direcção actual da empresa.

Por outro lado, António Lima, do Bloco de Esquerda, foi contundente nas críticas ao Governo, alegando que as decisões estratégicas erradas das administrações anteriores podem comprometer a continuidade da companhia.

Pedro Neves, do PAN, destacou a contradição de o Chega ter apoiado orçamentos que beneficaram a SATA e questionou as suas críticas. O socialista Carlos Silva acrescentou que a situação da empresa se agravou, com salários em atraso e dívidas à Segurança Social.

Nuno Barata, da IL, manifestou-se sobre o grave problema económico da empresa e afirmou que, caso tivesse poder, já teria demitido o presidente do Conselho de Administração. Paulo Simões, do PSD, imputou as dificuldades à má gestão dos governos do PS, e João Mendonça, do PPM, recordou rotas deficitárias criadas por administrações anteriores.

Pedro Pinto, do CDS-PP, alertou que a situação actual é uma "irresponsabilidade" ao continuar a investir na companhia sem uma estratégia de sustentabilidade.

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