Política

Bloco de Esquerda clama por reconhecimento da Palestina e sanções a Israel

Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda, exige o reconhecimento do Estado da Palestina e sanções a Israel, após Portugal apoiar uma declaração conjunta com 15 países.

30/07/2025 23:35
Bloco de Esquerda clama por reconhecimento da Palestina e sanções a Israel

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, fez um apelo esta quarta-feira para que o Governo português reconheça o Estado da Palestina e implemente sanções imediatas contra Israel. A sua intervenção surge na sequência da assinatura de Portugal, juntamente com 15 outros países, de uma declaração que considera essencial o reconhecimento do Estado palestiniano.

Mortágua usou a rede social X (anteriormente Twitter) para expressar a sua indignação: "O Governo português assina uma declaração que diz que o reconhecimento do Estado da Palestina é essencial, mas não o reconhece. Quando Israel condena milhares de crianças à morte pela fome, o que espera? Ordens de Trump? Reconhecimento e sanções imediatas contra Israel."

Nesta quarta-feira, durante uma conferência sobre a solução dos dois Estados, Portugal mostrou-se comprometido a trabalhar no "dia seguinte" em Gaza e admitiu o reconhecimento do Estado da Palestina. Entre os países que assinaram a declaração estão Andorra, Finlândia, França, Islândia, Irlanda, Luxemburgo, Malta, Noruega, Portugal, San Marino, Eslovénia e Espanha, com alguns destes, como Espanha e Irlanda, a terem já reconhecido a Palestina no ano anterior.

Além disso, o primeiro-ministro canadiano, Mark Carney, anunciou planos para reconhecer o Estado da Palestina na Assembleia Geral das Nações Unidas em setembro, sublinhando a necessidade de mudanças políticas. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, também indicou que o Reino Unido seguirá o mesmo caminho, dependendo das ações de Israel para resolver a situação em Gaza.

Entretanto, a ex-refém britânico-israelita, Emily Damari, criticou a decisão de Starmer, afirmando que tal reconhecimento não contribuirá para a paz e poderá, de facto, recompensar ações terroristas. Por sua vez, o presidente francês, Emmanuel Macron, revelou que também pretende reconhecer a Palestina em setembro.

Israel, por sua parte, demonstrou oposição ao reconhecimento internacional do Estado palestiniano, advertindo que poderá anexar partes da Cisjordânia se países como o Reino Unido e a França prosseguirem com o seu apoio.

Entre as nações europeias, a Eslovénia, Espanha, Irlanda e Noruega foram pioneiras no reconhecimento da Palestina em 2024, tendo apelado à comunidade internacional para um reconhecimento amplo e à integração da Palestina nas Nações Unidas.

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