PS critica atraso do Governo no reconhecimento da Palestina
O PS defende que o reconhecimento do Estado da Palestina é urgente, mas considera que o Governo agiu demasiado tarde, com base em decisões internacionais recentes.

Hoje, o Partido Socialista (PS) tornou público a sua posição sobre o reconhecimento do Estado da Palestina, considerando-o um passo essencial para a paz na região. Contudo, o deputado Pedro Delgado Alves criticou a decisão do Governo, alegando que "falhou na avaliação da importância e da urgência" deste reconhecimento.
Durante declarações à agência Lusa, Alves sublinhou que a execução deste processo por parte do Governo liderado por Luís Montenegro chega tarde e está, na sua visão, "em grande medida, influenciada" por decisões recentes de outras nações, como França, Reino Unido e Canadá. Para o PS, Portugal deveria ter estado entre os primeiros países a reconhecer a importância deste passo.
O deputado assinalou que "este reconhecimento é indispensável" para garantir a coexistência pacífica dos dois Estados, e lamentou que o Governo tenha perdido uma oportunidade significativa de influenciar positivamente a situação. Ele mencionou que, ao longo das últimas legislaturas, o PS já tinha propostas para o reconhecimento do Estado da Palestina, que não foram aceites nem mesmo pelas forças que sustentam a atual administração.
Além disso, Alves criticou a falta de clareza nas posições do Governo, fazendo referência ao caso do Saara Ocidental, onde a postura também tem sido ambígua.
Em resposta, o primeiro-ministro Luís Montenegro anunciou que irá consultar o Presidente da República e os partidos com representação parlamentar, com o objetivo de considerar o reconhecimento do Estado Palestiniano na próxima Assembleia Geral das Nações Unidas, prevista para setembro.