Política

"CDU Prepara Aposta Ambiciosa nas Autárquicas com Candidaturas em Todos os Municípios"

A CDU planeia candidatar-se nas autárquicas a todos os 308 municípios, visando aumentar o número de câmaras municipais sob sua gestão, apesar de enfrentar desafios significativos.

03/08/2025 18:30
"CDU Prepara Aposta Ambiciosa nas Autárquicas com Candidaturas em Todos os Municípios"

A CDU está determinada a apresentar candidaturas em todos os 308 municípios portugueses nas próximas eleições autárquicas, com o objetivo de "consolidar e fortalecer" o seu número de câmaras, numa altura em que 11 dos seus 19 presidentes estão impedidos de se recandidatar, ao chegarem ao limite de mandatos.

Nas autárquicas de 2021, a coligação, que inclui o PCP e o PEV, apresentara-se em 305 municípios, conquistando 19 câmaras, o que representa uma queda significativa em relação ao seu auge, em 1982, quando governava 55 autarquias. Comparando com as eleições de 2017, a CDU perdeu cinco câmaras, incluindo Loures e várias localidades do sul de Portugal, como Mora e Moita, onde tinha uma longa história de governação.

Jorge Cordeiro, um dos responsáveis pela campanha, expressou a intenção da CDU de não apenas manter as posições atuais, mas também expandir a sua influência noutras áreas. Ele demonstrou confiança na capacidade da coligação de atrair eleitores, sublinhando a importância da gestão autárquica da CDU.

Um dos principais objetivos da CDU será recuperar os municípios que perdeu em 2021, como Loures e Moita, que foram conquistados pelo PS por pequenas margens de votos. No entanto, a coligação enfrenta particularidades em 12 dos 19 municípios que atualmente governam. Em Setúbal, por exemplo, a CDU deve concorrer contra uma ex-autarca da sua própria linha, Maria das Dores Meira, agora a candidatar-se de forma independente com o apoio do PSD, o que poderá dividir o eleitorado.

A CDU vê-se também obrigada a substituir vários presidentes de câmara devido ao limite de mandatos, como é o caso do líder de Évora, Carlos Pinto Sá, que será substituído por João Oliveira, eurodeputado do PCP. Apesar desta situação, Cordeiro lembrou que a CDU já ultrapassou desafios semelhantes anteriormente e que, mesmo com a troca de cabeças de lista, conseguiu reforçar a sua posição, como ocorreu nas autárquicas de 2013.

Um outro desafio a considerar é o crescimento do Chega, que tem emergido como uma força política significativa em várias autarquias governadas pela CDU, como Palmela e Silves. Jorge Cordeiro minimizou a ameaça representada pelo Chega, afirmando que a natureza local das eleições limita o seu impacto.

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