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Concurso para Início de Obras no Museu Nacional do Azulejo em Lisboa

Foi oficialmente anunciado o concurso público para a primeira fase de restauro do Museu Nacional do Azulejo, com um investimento inicial de 2,85 milhões de euros e execução prevista de 255 dias.

há 1 hora
Concurso para Início de Obras no Museu Nacional do Azulejo em Lisboa

Foi divulgado, através do Diário da República, o lançamento do concurso público para a primeira fase de obras de restauro do Museu Nacional do Azulejo (MNAz), localizado em Lisboa. Esta ação faz parte do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e estava agendada para ser anunciada há cinco meses, conforme o cronograma governamental.

Com um valor base fixado em 2,85 milhões de euros, a execução das obras está prevista para ocorrer ao longo de 255 dias. Os interessados têm até o dia 3 de setembro, às 18:00 horas, para apresentar as suas propostas.

Em fevereiro, uma fonte oficial do Ministério da Cultura tinha indicado que o concurso para a primeira empreitada ocorreria na primeira quinzena de março. As obras iniciais focarão principalmente a requalificação da fachada e coberturas, seguindo-se, numa segunda fase, a recuperação estrutural do museu.

O MNAz, que ocupa o antigo Mosteiro da Madre de Deus, fundado em 1509 pela rainha D. Leonor, é reconhecido como um dos principais museus de Portugal pela sua vasta coleção de azulejos. Em 2023, foi o mais visitado da cidade, recebendo 276.209 visitantes, seguido pelo Museu Nacional dos Coches com 226.634 entradas, conforme os dados oficiais mais recentes.

A coleção do MNAz abrange azulejos desde a segunda metade do século XV até à atualidade, além de incluir cerâmica, porcelana e faiança dos séculos XIX e XX.

O relatório preliminar sobre a intervenção destaca que a proposta de intervenção se baseia na recuperação das coberturas e do sistema de drenagem. Também é mencionada a necessidade de restaurar as fachadas, respeitando o valor histórico e cultural do edifício como patrimônio nacional.

No documento, recomenda-se a interdição de certas áreas, como a da Igreja, e a implementação de um eficaz sistema de vigilância, que visa evitar a degradação pelo uso impróprio por parte dos visitantes. O museu deverá manter o seu horário habitual de funcionamento.

Alexandre Pais, ex-diretor do museu e atual presidente da Museus e Monumentos de Portugal, já havia sublinhado em 2021 a urgência de resolver problemas de infiltração e a degradação exterior, que não reflecte a importância do interior do museu, reconhecido internacionalmente.

Além disso, em dezembro de 2024, foi anunciada a nomeação de Rosário Salema de Carvalho, especialista em azulejos, para liderar o museu, após um concurso público internacional.

Desde a sua fundação em 1965, o Museu Nacional do Azulejo tem atraído anualmente milhares de turistas estrangeiros, que representam mais de 80% das entradas, segundo um estudo sobre o perfil dos visitantes, elaborado pela Direção-Geral do Património Cultural.

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