Condenação unânime do ataque à Igreja da Sagrada Família em Gaza
O Governo palestiniano e o Hamas expressaram forte condenação pelo ataque à única igreja católica em Gaza, que resultou em várias mortes e feridos, apelando à proteção internacional dos locais sagrados.
O Executivo da Palestina e o movimento islamita Hamas manifestaram uma firme oposição ao ataque ocorrido hoje na Igreja da Sagrada Família, a única igreja católica na Faixa de Gaza, que resultou em pelo menos quatro mortes e numerosos feridos.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros palestiniano emitiu um comunicado que critica o ataque "nos termos mais veementes", expressando pesar pelas vidas perdidas e alegando que resulta de um "crime que se insere no genocídio promovido pela ocupação israelita", que ataca indiscriminadamente locais de culto e infraestruturas essenciais.
Além disso, o Governo palestiniano apelou à comunidade internacional para que intervenha e proteja o povo palestiniano, bem como os locais sagrados, solicitando o fim imediato da ocupação.
Entretanto, o Hamas acentuou que o ataque representa um "novo crime contra locais de culto e cidadãos inocentes", considerando-o parte de um plano de extermínio em curso contra o povo palestiniano.
O Patriarcado Latino de Jerusalém reportou que entre os feridos está o Padre Gabriel Romanelli, um colaborador próximo do Papa Francisco, que frequentemente abordava a situação em Gaza.
Pelo menos duas pessoas foram confirmadas mortas e várias outras feridas num ataque israelita dirigido à Igreja, conforme reportado por veículos de comunicação locais.
O Papa Leão XIV expressou sua “profunda tristeza” pela perda de vidas e ferimentos resultantes do ataque, reiterando a necessidade de um "cessar-fogo imediato" na região, através de uma mensagem do Secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin. O Papa não fez menção a Israel, nem às responsabilidades associadas ao ataque.
O exército israelita confirmou que está a investigar o evento, reconhecendo a ocorrência de danos à Igreja da Sagrada Família.
A atual guerra em Gaza teve início com os ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023, que causaram cerca de 1.200 mortos em Israel e 250 reféns, resultando numa retaliação israelita que já causou mais de 58 mil mortes e a destruição considerável da infraestrutura em Gaza, forçando centenas de milhares a deixar suas casas.