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"Conflito Ucrânia-Rússia: Um Caminho Lento e Desafiador para a Paz"

A Rússia reiterou que a resolução do conflito com a Ucrânia será um processo moroso, sem responder à proposta de negociações da Ucrânia.

20/07/2025 12:45
"Conflito Ucrânia-Rússia: Um Caminho Lento e Desafiador para a Paz"

A situação entre a Rússia e a Ucrânia continua a complicar-se, com a administração russa a afirmar que a resolução deste conflito será um processo demorado. O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, comentou que “é um processo longo, requer esforço e não é fácil”, reforçando a ideia de que as negociações não avançarão rapidamente.

Peskov também sublinhou que o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, aspira a uma solução pacífica, embora mantenha firme os seus objetivos, que considera “compreensíveis, evidentes e constantes”. Entre esses objetivos está o controlo total sobre regiões como Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson, que foram anexadas pela Rússia em setembro de 2022.

A Ucrânia, por sua vez, propôs uma nova ronda de negociações, após um longo período de suspensão desde junho. O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, comunicou na sua mensagem diária que a proposta foi apresentada pelo secretário do Conselho de Segurança, Roustem Oumerov, salientando que gostaria de negociar diretamente com Putin.

Ainda sem se pronunciar sobre as recentes declarações de Donald Trump, que mencionou a possibilidade de aplicar “sanções muito severas” caso a Rússia não chegue a um acordo de paz com a Ucrânia num prazo de 50 dias, o Kremlin indica que Washington parece cada vez mais consciente da complexidade e duração necessária para resolver este conflito.

A ofensiva militar da Rússia na Ucrânia já se arrasta há mais de três anos, com os ataques a intensificarem-se, especialmente durante o verão. Nos últimos meses, as forças russas conseguiram importantes avanços no leste e nordeste da Ucrânia, particularmente na região de Donetsk, uma das que foram anexadas sem reconhecimento internacional.

Desde o início da invasão em fevereiro de 2022, a guerra já resultou em um grande número de vítimas, tanto civis como militares, em ambos os lados. Putin justificou a invasão com o objetivo de “desmilitarizar e desnazificar” a Ucrânia.

Nas conversações anteriores, a Rússia tem insistido na exigência de que a Ucrânia não adira à NATO e reconheça a soberania russa nas regiões de Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson, assim como na Crimeia, que foi tomada em 2014.

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