Coreia do Norte reafirma compromisso com a Rússia na guerra ucraniana
Sergei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, anunciou apoio incondicional da Coreia do Norte, sugerindo possíveis tropas adicionais para auxiliar Moscovo.

Durante uma conferência de imprensa em Wonsan, na Coreia do Norte, o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, afirmou que a Rússia está a considerar um aumento no apoio da Coreia do Norte na guerra com a Ucrânia. Lavrov destacou a rejeição de qualquer tentativa de desvalorizar a solidariedade expressa pelo líder norte-coreano, Kim Jong-un.
Segundo Lavrov, a Coreia do Norte reiterou o seu "apoio inequívoco" aos objetivos da operação militar russa, mencionando que as conversações abordaram a situação crítica em torno da Ucrânia. "Os nossos amigos coreanos confirmaram o seu apoio a todas as ações do Governo e do exército russos", afirmou o diplomata.
Além disso, o chefe da diplomacia russa anunciou que é intenção da Rússia construir um monumento em honra aos soldados norte-coreanos que perderam a vida em Kursk, revelando que aproximadamente 15 mil militares da Coreia do Norte têm participado no conflito até agora.
Em relação aos esforços da coligação liderada pelo Reino Unido e França para apoiar a Ucrânia, Lavrov minimizou a importância destas iniciativas, afirmando que não são do interesse da Rússia e que não vêem a necessidade de debater "fantasias" que procuram elevar os envolvidos no cenário internacional.
As relações militares entre Moscovo e Pyongyang tornaram-se mais próximas desde a assinatura de um tratado de parceria estratégica em 2024, que prevê uma cláusula de defesa mútua. Há especulações de que a Coreia do Norte poderá ter enviado tropas e municições para a Rússia em troca de sistemas avançados de armas antiaéreas.
As visitas frequentes entre líderes de ambos os países suscitam rumores sobre uma possível nova cimeira entre Vladimir Putin e Kim Jong-un, após a histórica reunião em junho de 2024, onde foi formalizado o acordo de parceria. Contudo, o Kremlin declarou que, para já, não há planos para uma nova reunião.