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Crise Nutricional no Sudão do Sul Afeta 3,5 Milhões de Civis

Urge a necessidade de apoio nutricional no Sudão do Sul, com mais de 3,5 milhões de civis vulneráveis, segundo a OMS. O alerta para a desnutrição agrava-se em meio a conflitos e insegurança alimentar.

há 4 horas
Crise Nutricional no Sudão do Sul Afeta 3,5 Milhões de Civis

Mais de 3,5 milhões de pessoas no Sudão do Sul encontram-se em situação crítica e necessitam urgentemente de assistência nutricional, conforme revelado por um estudo divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) hoje.

O relatório, intitulado "Organização Mundial da Saúde: estratégia de gestão do conhecimento", ressalta a deterioração da crise nutricional, impulsionada por um aumento da insegurança alimentar, conflitos persistentes e um sistema de saúde fragilizado. Os casos de desnutrição aguda entre crianças com menos de cinco anos subiram 10% nos últimos doze meses.

A coordenadora de informação sanitária da OMS no Sudão do Sul, Anabay Mamo, enfatizou que "a desnutrição não é apenas um problema de saúde, mas sim uma emergência de desenvolvimento que impacta todos os setores da vida no Sudão do Sul."

Os dados apontam que 714.000 crianças correm o risco de desnutrição aguda severa, enquanto outras 1,6 milhões enfrentam desnutrição aguda moderada. "Mais de 90% destas crianças estão localizadas em áreas classificadas como gravemente inseguras em termos alimentares", acrescentou Mamo. Ela advertiu ainda que "a situação é agravada pela falta de diversidade na alimentação."

Apenas 16% das crianças entre seis e 23 meses têm acesso a uma dieta minimamente aceitável e apenas 27% das famílias alcançam um consumo alimentar aceitável, segundo as conclusões da OMS.

O estudo revela que "as famílias sobrevivem principalmente com cereais e óleo, enquanto alimentos nutritivos, como vegetais, legumes e proteínas de origem animal, estão além do alcance da maioria."

Em resposta a esta emergente crise, a OMS apela por uma abordagem preventiva no Sudão do Sul e encoraja agências de ajuda e a comunidade internacional a intensificar o suporte nutricional a adolescentes, homens e idosos. Além disso, sublinha a necessidade de fortalecer programas de alimentação escolar e integrar a nutrição numa agricultura adaptada às mudanças climáticas.

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