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Descoberta revolucionária: células dos dentes do siso prometem avanços no tratamento de doenças neurodegenerativas

Um novo estudo revela que as células estaminais presentes nos dentes do siso podem ser aliadas no combate a doenças graves como Alzheimer e Parkinson.

há 10 horas
Descoberta revolucionária: células dos dentes do siso prometem avanços no tratamento de doenças neurodegenerativas

A extração dos dentes do siso é uma prática comum devido ao desconforto e complicações que podem causar. No entanto, um recente estudo publicado na revista Stem Cell Research & Therapy sugere que estas peças dentárias podem ter um valor biológico significativo.

Investigadores da Universidade do País Basco, liderados pelo médico Gaskon Ibarretxe, descobriram que os dentes do siso contêm células estaminais capazes de regenerar ossos, tecidos nervosos e cartilagens. Este achado abre novas possibilidades para tratamentos de doenças como Alzheimer e Parkinson.

A equipa demonstrou que as células extraídas dos dentes podem ser convertidas em neurónios, essenciais para a recuperação de circuitos cerebrais danificados. "A conversão para atividade elétrica genuína é fundamental, pois as células precisam de se comunicar para restabelecer as funções cerebrais", explicou Ibarretxe.

Guardar as células estaminais dos dentes do siso poderia revolucionar o campo da medicina regenerativa, permitindo tratamentos mais rápidos e eficientes, sem a necessidade de dadores compatíveis. Após a remoção, é recomendado que os dentes sejam armazenados em frascos estéreis e levados a um laboratório para a extração e congelamento das células dentro de 24 horas.

A investigação demonstra que estes tratamentos podem ter um impacto positivo na saúde a longo prazo, com potencial de utilização em diversas terapias, incluindo nas cirurgias de remoção de tumores. Estudos preliminares em ratos por cardiologistas mostraram melhorias significativas na insuficiência cardíaca através do uso destas células.

Além disso, novas pesquisas estão a ser planeadas para explorar as aplicações das células estaminais dos dentes do siso em doenças neurodegenerativas. Um estudo recente da Nature Medicine também investiga o uso celular em tratamentos para Parkinson, embora não especificamente com células de dentes do siso.

No que diz respeito à remoção dos dentes do siso, o Instituto de Implantologia informa que, por norma, cada pessoa possui quatro dentes, mas devido à evolução, muitos não os desenvolvem completamente. Assim, é comum que algumas pessoas tenham menos dentes do siso, e aqueles que se formam frequentemente causam problemas, como dor ou infeção.

Portanto, recomenda-se a remoção nos casos de dor, cáries ou problemas na gengiva. Assim, em vez de ver os dentes do siso apenas como incómodos, é importante considerar o seu potencial valioso na medicina regenerativa.

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