Divulgados registos do FBI sobre Martin Luther King Jr. em ato controverso
O governo de Donald Trump torna públicos arquivos secretos sobre Martin Luther King Jr., contra a vontade da sua família e de activistas dos direitos civis.

O governo dos Estados Unidos, sob a liderança do Presidente Donald Trump, revelou recentemente documentos de vigilância do FBI relacionados com o icónico ativista Martin Luther King Jr., mesmo após a oposição expressa pela sua família e grupos de direitos civis que ele defendia até ao seu assassinato em 1968.
Os materiais divulgados abrangem aproximadamente 200 mil páginas que estiveram sob selo judicial desde 1977, ano em que o FBI catalogou os documentos e os entregou à Administração Nacional de Arquivos e Registos (NARA).
A família de King, incluindo os seus filhos Martin III e Bernice, foi informada com antecedência sobre a divulgação dos documentos e mandou periciar os registos antes que fossem tornados públicos.
Durante a campanha eleitoral, Donald Trump havia prometido desbloquear arquivos referentes ao assassinato do Presidente John F. Kennedy, ocorrido em 1963. Após assumir a presidência em janeiro, Trump emitiu uma ordem executiva A desclassificar os documentos referentes a JFK, além dos que dizem respeito aos assassinatos de Robert F. Kennedy e Martin Luther King Jr. em 1968.
Os arquivos de JFK foram tornados públicos em março, seguindo-se a divulgação de alguns documentos relacionados com Robert F. Kennedy em abril.