Enviado dos EUA encontra-se com famílias de reféns em Telavive

O enviado especial do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Steve Witkoff, teve um encontro esta manhã em Telavive com os familiares de reféns israelitas retidos na Faixa de Gaza, conforme anunciado por um porta-voz das famílias.

“Steve Witkoff está neste momento a falar com as famílias dos reféns,” afirmou um membro do Fórum das Famílias de Reféns, em declarações à agência France-Presse (AFP).

Imagens divulgadas nas redes sociais e transmitidas pela imprensa israelita capturam Witkoff, acompanhado por seguranças, a dirigir-se à "praça dos reféns" em Telavive, onde estavam reunidos os familiares de 49 pessoas que permanecem em cativeiro, algumas vivas e outras presumivelmente mortas.

Estas vítimas fazem parte de um grupo mais amplo de cerca de 250 indivíduos raptados no dia 7 de outubro de 2023, durante os ataques do Hamas, que provocaram a escalada do conflito na região.

Witkoff dialogou com os familiares num edifício nas proximidades, enquanto a multidão na praça clamava por mensagens como “Tragam-nos já para casa!”. Centenas de pessoas, algumas vestindo preto e segurando fotografias de seus entes queridos, estiveram presentes na manifestação, que se tornou um local de encontro para os que exigem o fim das hostilidades.

A divulgação recente de dois vídeos de reféns pela 'Jihad Islâmica' e pelo Hamas, em apenas dois dias, provocou grande inquietação em Israel e reabriu discussões sobre a urgência de um acordo que leve à libertação dos sequestrados.

Nas gravações, os reféns eram visivelmente debilitados, numa tentativa de destacar a atual realidade humanitária em Gaza.

No passado dia sexta-feira, Witkoff visitou um centro de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, com o objetivo de “compreender a verdade sobre os locais de ajuda humanitária” geridos pela Fundação Humanitária de Gaza (FHG), uma entidade sob a supervisão de Israel e dos EUA.

A FHG tem enfrentado severas críticas, tanto por parte de organizações humanitárias como da ONU, por alegadamente contribuir para o caos e a violência na distribuição de alimentos às populações palestinianas em necessidade.