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Estudantes do Porto apoiam a implementação da semana de quatro dias no ensino superior

Um inquérito revela que 80% dos estudantes da academia do Porto vêem benefícios na semana reduzida, como maior motivação e melhoria da saúde mental. FAP pede mudança para o próximo ano letivo.

05/08/2025 09:35
Estudantes do Porto apoiam a implementação da semana de quatro dias no ensino superior

Um estudo recente da Federação Académica do Porto (FAP) mostra que 80% dos estudantes acreditam que a introdução de uma semana de quatro dias no ensino superior seria altamente benéfica. Segundo os resultados do inquérito, realizado entre 28 de maio e 30 de junho com 1.824 respostas válidas, os alunos destacam vantagens como o aumento da motivação, concentração e saúde mental, além de uma melhor gestão do tempo entre a vida académica e pessoal.

De acordo com o inquérito, setenta por cento dos participantes sentem-se mais motivados e energizados quando consideram a possibilidade de uma semana reduzida, o que lhes permitiria equilibrar melhor os estudos com a vida familiar. Além disso, sesse em cada dez alunos afirmaram que uma carga horária mais curta seria positiva para a concentração e qualidade do sono, identificando também um impacto na saúde mental, com a maioria a acreditar que isso ajudaria a diminuir o stress e a ansiedade.

O presidente da FAP alertou que a implementação da semana de quatro dias não deve resultar numa concentração excessiva de horas de aulas. "Defendemos um novo modelo que combine a redução da carga horária com métodos pedagógicos inovadores", frisou.

Em resposta aos resultados do inquérito, a FAP enviou uma carta aberta aos diretores das instituições de ensino superior no Porto, solicitando a implementação desta nova abordagem no próximo ano letivo. "Uma semana académica mais curta é uma inevitabilidade", afirmou o presidente, destacando que Portugal tem uma das maiores cargas horárias letivas da Europa.

O inquérito também revelou que a média de idade dos estudantes é de 20,9 anos, com 68% a frequentar cursos de licenciatura, e que 60% estão inscritos na Universidade do Porto, enquanto 30% estão no Instituto Politécnico do Porto.

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