EUA negam apoio aos bombardeamentos de Israel na Síria
O Pentágono declarou que os Estados Unidos não apoiaram os recentes ataques de Israel na Síria, onde os confrontos resultaram em quase 600 mortos em poucos dias.

A porta-voz do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, Tammy Bruce, afirmou hoje que Washington não deu apoio aos recentes bombardeamentos israelitas na Síria, que resultaram em um elevado número de vítimas entre a população local.
Os ataques aéreos israelitas dirigiram-se a várias posições das forças sírias em Sweida, no sul do país, e também atingiram alvos na capital, Damasco, incluindo o quartel-general do exército sírio e o palácio presidencial.
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) reportou que pelo menos 15 soldados sírios perderam a vida em decorrência destes ataques. As ações de Israel, que teriam como justificativa o apoio à minoria drusa, em conflito com sunitas beduínos e a força armada síria, foram denunciadas pelo Governo de Damasco e pela comunidade internacional.
A escalada de tensões começou após confrontos entre a comunidade drusa e tribos beduínas em Sweida, que começaram no domingo passado. Em resposta, forças sírias e seus aliados foram enviados para a região, anteriormente dominada por combatentes drusos.
O OSDH, assim como grupos drusos locais e outras fontes, afirmam que as forças de segurança sírias têm perpetrado diversos abusos na área. A Casa Branca, por sua vez, elogiou o seu papel em mitigar a violência na Síria, designando uma trégua que entrou em vigor esta madrugada.
A porta-voz Karoline Leavitt sublinhou que, desde que os EUA começaram a intervir na crise, houve um arrefecimento das hostilidades, acrescentando ainda que as autoridades sírias comprometeram-se a retirar tropas da região dos confrontos, enquanto Washington continua a monitorar a situação de perto.