Europa Responde a Tarifa Americana: Unidade e Resiliência em Tiempos Difíceis
Líderes da UE manifestam solidariedade e determinação frente às tarifas de 30% propostas por Donald Trump, sublinhando a busca por um acordo que beneficie ambas as partes.

No seguimento do anúncio de Donald Trump sobre a imposição de tarifas de 30% a produtos da União Europeia (UE) e do México, a partir de 1 de agosto, a articulação entre os líderes europeus foi notável. Todos se posicionaram ao lado da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que alertou para a possibilidade de “contramedidas proporcionais” caso a situação não se resolva amicavelmente.
Trump, através de uma mensagem na Truth Social, afirmou que começará a aplicar essas tarifas a partir de agosto, mas deixou em aberto a possibilidade de reverter a decisão se a UE ou empresas europeias se comprometerem a produzir nos Estados Unidos. O presidente norte-americano também indicou que qualquer aumento de tarifas por parte da UE seria somado aos 30% já anunciados.
Ursula von der Leyen reiterou que a Comissão Europeia está comprometida em trabalhar numa solução até à data limite, garantindo que tomará todas as medidas necessárias para proteger os interesses da UE.
António Costa, presidente do Conselho Europeu, exortou a uma postura firme e unida da UE para salvaguardar seus interesses e promover parcerias comerciais globais. Marcelo Rebelo de Sousa, presidente de Portugal, elogiou a serenidade nas reações da UE, mas alertou que a situação ainda não se encontra resolvida.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, expressou que Portugal seguirá vigilante durante as negociações, mantendo abertas todas as opções caso a escalada das tarifas se intensifique.
A Itália, representada por Giorgia Meloni, e os Países Baixos, através de Dick Schoof, também manifestaram total apoio às negociações pela Comissão Europeia, enfatizando a necessidade de um acordo que evite uma escalada desnecessária.
Por outro lado, Emmanuel Macron reforçou o empenho da França em apoiar a Comissão na busca de um entendimento com os EUA, enquanto a ministra da Economia da Alemanha, Katherina Reiche, apelou a uma abordagem pragmática nas negociações. A indústria alemã mostrou-se preocupada e pediu uma rápida resolução para evitar danos económicos significativos.
Por fim, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, reiterou a sua adesão ao esforço europeu em prol de uma solução justa, destacando que a cooperação econômica é essencial para a prosperidade.