Autoridades britânicas detêm 71 manifestantes a favor do movimento pró-Palestina
Setenta e uma pessoas foram presas no Reino Unido por participarem em atos de apoio ao grupo Palestine Action, classificado como organização terrorista após atos de vandalismo.

Hoje, o Reino Unido registou a detenção de 71 indivíduos durante manifestações em apoio ao movimento pró-Palestina, Palestine Action, que foi declarado ilegal no país depois de vandalizar uma base aérea.
Na capital, Londres, a polícia prendeu 42 participantes, principalmente por entoarem cânticos ou exibirem bandeiras e logótipos do grupo. Uma detenção foi relacionada com um incidente de agressão.
A manifestação teve lugar na Praça do Parlamento, onde os participantes seguraram cartazes com mensagens como "Oponho-me ao genocídio, apoio Palestine Action".
Em Manchester, 16 pessoas foram detidas e, em Cardiff, outras 13 foram capturadas. No início de julho, o parlamento britânico votou pela proibição da atividade do grupo, classificando-o como uma "organização terrorista".
Esta decisão do governo britânico foi impulsionada por um ato de vandalismo ocorrido em junho, em que quatro pessoas foram acusadas e estão agendadas para serem ouvidas no tribunal na próxima sexta-feira.
O grupo Palestine Action justificou a sua ação como uma forma de protesto contra a "participação direta do Reino Unido" em "genocídios e crimes de guerra no Médio Oriente", particularmente no contexto da guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza.
Especialistas da ONU criticaram a classificação do vandalismo como terrorismo, afirmando que "danos materiais sem risco à vida humana não são suficientemente severos para tal categorização".
Além disso, na semana passada, 29 pessoas, incluindo um padre e profissionais de saúde, foram detidas em Londres durante uma manifestação de apoio ao Palestine Action.