Gouveia e Melo elogia a Força Aérea e critica exclusividade na emergência médica
O candidato à presidência defende o papel da Força Aérea na saúde pública e discute a necessidade de colaboração entre entidades no apoio à emergência médica.

O candidato presidencial Henrique Gouveia e Melo elogiou a Força Aérea, dizendo que esta realiza "milagres" no apoio à sociedade. Após reunir-se com jovens de federações académicas e associações de estudantes no Parque Eduardo VII, em Lisboa, Gouveia e Melo destacou a importância da Força Aérea na emergência médica, embora tenha optado por não comentar a controvérsia sobre um transporte tardio de paciente entre hospitais.
“A Força Aérea faz o máximo com os recursos que o Estado disponibiliza”, afirmou, sublinhando que a Constituição estabelece um claro dever para as Forças Armadas de assistirem a sociedade em momentos de necessidade.
O ex-almirante expressou ter um elevado respeito pelos membros da Força Aérea, ressaltando: “Eles realizam verdadeiros milagres, especialmente no apoio à população civil”. Sem entrar em pormenores sobre o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), Gouveia e Melo enfatizou a necessidade de que todas as entidades envolvidas na emergência médica colaborem e evitem querer monopolizar serviços. “Devemos, juntos, aproveitar ao máximo os recursos que temos”, disse.
A questão do transporte do paciente foi levantada, mas o candidato questionou se havia outras alternativas disponíveis para a situação. "Se não havia outra opção e o equipamento utilizado conseguiu salvar vidas, qual é a crítica válida aqui?”, indagou.
Também comentou a proposta do seu adversário Marques Mendes de incluir jovens no Conselho de Estado, defendendo que a opinião dos jovens é de vital importância, mas alertou para a necessidade de que essa escuta seja genuína, não apenas simbólica. Gouveia e Melo mostrou-se cético quanto à eficácia de tais discussões no Conselho de Estado para gerar políticas concretas.
“Acredito na eficácia, que é fazer o melhor possível com os recursos disponíveis. Não me deixo levar pela demagogia”, concluiu, evidenciando a sua abordagem pragmática em relação à política.