Política

JPP critica Gouveia e Melo em voto de protesto sobre a linha marítima

O JPP manifesta descontentamento no parlamento da Madeira contra as posições do candidato Gouveia e Melo sobre a linha 'ferry', considerada essencial pelos madeirenses.

07/07/2025 21:15
JPP critica Gouveia e Melo em voto de protesto sobre a linha marítima

O partido Juntos pelo Povo (JPP) irá formalizar um voto de protesto no parlamento madeirense na próxima terça-feira, em resposta às declarações do candidato à presidência, Gouveia e Melo, que considerou a linha 'ferry' entre a Madeira e o continente desnecessária.

Numa comunicação emitida hoje, a formação liderada por Élvio Sousa critica Gouveia e Melo por aparentemente se opor à autonomia, ao afirmar que a linha marítima, "reclamada pelos madeirenses", não é essencial. O líder parlamentar expressa a sua preocupação, sublinhando que "não há coincidências" e lamentando que o almirante tenha ignorado o princípio constitucional da coesão territorial e da luta contra as desigualdades sociais e económicas. Para Élvio Sousa, esta postura é um fraco prelúdio para alguém que aspira à presidência da República.

"O almirante revelou-se um verdadeiro anti-autonomista, e desse tipo já temos gente a mais", acrescenta, referindo-se às declarações feitas por Gouveia e Melo à Antena 1 durante a sua visita de três dias à Madeira.

O líder do JPP critica ainda a falta de propostas concretas para resolver os desafios da mobilidade aérea e marítima, como o reinício urgente da linha marítima e a revisão do subsídio de mobilidade. Segundo Sousa, Gouveia e Melo posicionou-se ao lado de interesses económicos que se oponham ao regresso do ferry, uma medida que, segundo ele, seria crucial para baixar o custo de vida na região.

Élvio Sousa ressalta que o candidato presidencial ofendeu tanto os madeirenses quanto os porto-santenses, demonstrando um "profundo desconhecimento" das dificuldades enfrentadas pelos habitantes das ilhas.

O secretário-geral do JPP considera inaceitável que se promova o isolamento ao negar alternativas de mobilidade que são fundamentais para o desenvolvimento económico e social da Região Autónoma da Madeira.

O partido também vê nas afirmações do almirante uma "segunda afronta", ao defender a manutenção do cargo de Representante da República. Além disso, questionam como o antigo presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim (PSD), pode apoiar uma candidatura que, na visão do JPP, representa o "mais puro centralismo".

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