Economia

Governo prepara condições para nova fase de privatização da TAP

O ministro das Finanças revelou que as diretivas para a reprivatização da TAP serão divulgadas brevemente, destacando o expressivo interesse de grandes grupos europeus.

há 4 horas
Governo prepara condições para nova fase de privatização da TAP

O Governo português está a trabalhar na elaboração das condições para a reprivatização da TAP, um processo que será anunciado nas próximas semanas, segundo afirmou Joaquim Miranda Sarmento, ministro das Finanças. Durante uma conferência de imprensa em Bruxelas, após a reunião do Ecofin, o governante salientou que existe um "interesse muito significativo" por parte de três grandes grupos da aviação europeia — Air France, Lufthansa e IAG — o que considera ser uma evolução positiva para Portugal.

“É um processo que se inicia em breve. Nos últimos meses, temos tido vários interessados, principalmente os considerados 'players' de destaque na indústria europeia. Estes grupos mostraram vontade em examinar a companhia e, eventualmente, submeter propostas”, revelou o ministro.

Embora tenha optado por não estabelecer prazos precisos ou detalhar os termos da operação, Sarmento prometeu que as condições, assim como os mecanismos de venda da empresa, serão claras para todos os potenciais investidores. “As condições que iremos apresentar permitirão que as empresas que se sintam à vontade com elas façam as suas ofertas. Veremos o que será proposta, com base nas exigências estabelecidas”, acrescentou.

A reprivatização da TAP foi interrompida após a instabilidade política nos últimos anos. A companhia, que era totalmente estatal, teve uma privatização parcial em 2015, mas foi revertida um ano depois pelo atual Governo socialista que recuperou 50% da sua participação, recebendo críticas pela sua situação financeira.

No ano passado, o Governo liderado por Luís Montenegro anunciou planos para retomar a privatização em 2025, com a intenção de alienar participações minoritárias da empresa e tem estado em conversações com gigantes do setor como Air France KLM, Lufthansa e IAG. O foco do Executivo reside na proteção do hub de Lisboa e nas rotas estratégicas, ao mesmo tempo que se busca recuperar os cerca de 3,2 mil milhões de euros oferecidos pelos contribuintes durante a crise da covid-19.

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