IL critica descida de IRS do Governo e pede medidas mais eficazes
A Iniciativa Liberal considera que a proposta do Governo para o IRS é pouco eficaz e não responde às necessidades financeiras dos cidadãos, destacando a sua própria abordagem mais robusta.

A Iniciativa Liberal (IL) manifestou hoje a sua desaprovação relativamente à proposta do Governo para a descida do IRS, considerando-a "insuficiente" e "sem impacto real na vida dos cidadãos". Mariana Leitão, líder parlamentar da IL, expressou estas opiniões aos jornalistas na Assembleia da República, sublinhando que a redução de 500 milhões de euros, aprovada na última reunião do Conselho de Ministros, não traz melhorias significativas.
De acordo com Leitão, a medida proposta resultaria num aumento de apenas quatro euros mensais para quem aufere um salário de 1.200 euros, o que não atende às expectativas dos cidadãos face ao crescimento dos custos de vida e ao aumento dos preços da habitação. "Este valor é claramente inadequado", afirmou.
A líder da IL também destacou o cenário de um casal com dois filhos, onde cada um recebe 1.500 euros por mês. Neste caso, a redução mensal seria de apenas 11 euros, ou seja, 5,5 euros por pessoa. "É evidente que isso não é suficiente", reforçou.
Mariana Leitão afirmou que a proposta da IL é "muito mais ambiciosa", sugerindo que uma pessoa com um rendimento de 1.200 euros poderia beneficiar de uma descida mensal de 76 euros, o que representaria uma ajuda significativa nas despesas quotidianas.
"O que se esperava do Governo era uma verdadeira capacidade de aliviar a carga sobre os cidadãos e não estas descidas míseras que apenas servem para fazer parecer que os impostos estão a ser reduzidos", criticou.
Questionada sobre o voto da IL em relação a esta proposta, Leitão não se comprometeu imediatamente, indicando que pretende analisar os detalhes e verificar se existe abertura para possíveis ajustamentos. "É importante avaliar se podemos avançar com medidas que realmente façam a diferença", disse.
Além disso, durante a mesma conversa com jornalistas, Mariana Leitão foi interrogada sobre a posição da IL relativamente à data das eleições autárquicas. O partido propõe que estas se realizem a 28 de setembro, uma data que também é apoiada pelo PS. Por outro lado, PSD, Chega, PCP e Livre preferem a data de 12 de outubro.
Leitão argumentou que a data de 28 de setembro é mais adequada, uma vez que se distancia da apresentação do Orçamento do Estado, o que permitiria um foco maior do parlamento e do país nesses momentos, além de se encontrar a uma distância considerável das eleições presidenciais.