Incêndio na Serra do Alvão mantém frente activa de dois quilómetros
O fogo que afeta a Serra do Alvão apresenta uma frente activa de dois quilómetros, com vários focos, enquanto as equipas trabalham arduamente para controlar a situação.

O incêndio na Serra do Alvão, na região de Vila Real, ativa desde 2 de agosto, continua a causar preocupação, com uma frente activa que se estende por cerca de dois quilómetros. De acordo com Miguel Fonseca, comandante sub-regional do Douro, a frente apresenta actualmente uma intensidade baixa e vários focos dispersos, tendo sido possível proteger as aldeias circunvizinhas com sucesso.
“Após conseguir manter as aldeias seguras, fechámos a frente que se dirigia à Samardã. Agora, estamos com uma linha de fogo que começa a arder com menos intensidade”, indicou o responsável à Lusa durante uma actualização sobre a situação.
Ainda segundo Fonseca, o incêndio já percorreu 27 aldeias e foi reactivado em duas ocasiões. Hoje, as chamas afectaram locais como Testeira, Cravelas de Baixo, Outeiro e Paredes, onde a GNR foi chamada a intervir para garantir a segurança.
Para melhorar a resposta ao incêndio, três grupos de combate estão previstos para chegar, juntando-se a outros operacionais que já se encontram na área. “Estão a ser feitas manobras para trazer reforços, visto que, à noite, pretendemos controlar a frente que ainda gera preocupação”, acrescentou.
As operações estão a envolver vários recursos, incluindo bombeiros, elementos do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e forças militares da GNR e do Exército. Os militares têm focado esforços em patrulhar as áreas afetadas após o incêndio, a fim de detectar possíveis reacendimentos.
O comandante sublinhou que o fogo é tradicionalmente difícil de controlar em zonas montanhosas, complicando-se com as mudanças climáticas, especialmente a variação no comportamento do vento e o intenso calor. Além disso, o cansaço acumulado das equipas de combate é um fator que dificulta as operações, sendo essencial o seu descanso.
Segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), cerca de 496 operacionais e 163 veículos foram mobilizados para o combate ao incêndio até às 23:00. Miguel Fonseca ainda reportou cerca de 12 novas ignições na zona de Vila Real apenas hoje.