Incêndio no Parque Nacional da Peneda-Gerês: Autarca de Ponte da Barca aguarda reforço aéreo
O presidente da Câmara de Ponte da Barca, Augusto Marinho, espera que a resposta ao incêndio que afeta o PNPG inclua meios aéreos pesados na manhã de quarta-feira.

O presidente da Câmara Municipal de Ponte da Barca, Augusto Marinho, expressou a expectativa de que na manhã de quarta-feira sejam acionados meios aéreos pesados para combater o incêndio que se alastra desde sábado no Parque Nacional da Peneda-Gerês. “Após o apelo que fiz hoje [terça-feira], espero que a mobilização ocorra logo pela manhã”, declarou Marinho à agência Lusa, após uma reunião com as entidades envolvidas para delinear uma estratégia de combate ao incêndio.
O autarca, que se encontra preocupado com o avanço das chamas, destacou que a situação é crítica, especialmente na freguesia de Ermida, onde o fogo se dirige para a aldeia de Germil. “Receamos que o impacto seja significativo na aldeia e, além disso, existe o risco de o incêndio se propagar para Terras de Bouro ou outras localidades no concelho de Ponte da Barca”, alertou.
Marinho informou também que uma outra frente de incêndio na Serra Amarela pode representar uma ameaça à Mata do Cabril, uma das áreas de reserva integral do parque. “Se as chamas ultrapassarem esta zona, poderão até entrar em Espanha”, sublinhou. A estratégia delineada inclui a mobilização de operacionais no terreno com o suporte de meios aéreos, considerando que esta abordagem é a mais eficaz para controlar o incêndio que ameaça Germil.
O presidente enfatizou a eficiência das medidas de proteção às habitações nas áreas afetadas. “Temos conseguido conter as frentes que se aproximam das casas, mas a extensão e a intensidade do fogo são elevadas. O terreno acidentado e os ventos podem transformar um pequeno foco numa grande frente de fogo, colocando em risco as habitações dispersas na região”, explicou.
Por fim, Augusto Marinho referiu que o controle das chamas depende de diversos fatores, incluindo as condições climáticas e a atuação eficaz dos meios aéreos. Segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), à meia-noite, 391 operacionais estavam mobilizados, com o apoio de 134 viaturas.