Interpol revoga "alerta vermelho" contra Paul Watson, co-fundador da Greenpeace
O ativista Paul Watson, que enfrentava um pedido de extradição do Japão, viu o "alerta vermelho" da Interpol ser levantado, após a Dinamarca rejeitar a sua entrega.

A Interpol anunciou hoje a revogação do "alerta vermelho" relativo a Paul Watson, co-fundador da Greenpeace e da Sea Shepherd, numa decisão que coincide com a rejeição da Dinamarca a um pedido de extradição do Japão, emitido em 2012.
Watson, de 75 anos, esteve detido na Gronelândia durante cinco meses após ser preso com base num mandado japonês que o acusava de danos e ferimentos a bordo de um navio baleeiro em 2010, durante uma missão da ONG Sea Shepherd, da qual foi líder.
A caça à baleia, que é proibida desde 1986, continua a ser contestada pelo Japão, Islândia e Noruega, que caçam anualmente cerca de 1.200 dessas criaturas, conforme indicado pela Comissão Baleeira Internacional.
A Interpol explicou que a decisão de remover Watson da lista de "alerta vermelho" não implica um julgamento sobre o caso em si, mas leva em consideração a recusa da Dinamarca em extraditá-lo. A nota esclarece ainda que a deliberação foi feita por um órgão independente, a Comissão de Controlo de Ficheiros da Interpol.
A Comissão de Controlo destacou que a persistência das autoridades japonesas neste caso sugere um caráter estratégico e simbólico, além de levantar questões sobre possíveis influências políticas. O governo japonês, por sua vez, expressou descontentamento pela recusa da Dinamarca em atender ao pedido de extradição.