Macron propõe aumento de 6,5 mil milhões no orçamento militar até 2027

Em um discurso proferido no Ministério da Defesa, o Presidente francês, Emmanuel Macron, revelou a sua intenção de aumentar o orçamento da Defesa em 6,5 mil milhões de euros até 2027, elevando o total para 64 mil milhões de euros. Esta declaração foi feita na véspera da Festa Nacional Francesa e dirigida às Forças Armadas.

Se o Governo conseguir a aprovação na Assembleia Nacional para esta nova dotação dentro de dois anos, os gastos franceses na área da defesa terão duplicado em uma década, saltando de 32 mil milhões de euros em 2017, ano em que Macron assumiu a presidência, para 64 mil milhões em 2027.

De acordo com o líder francês, este reforço orçamental é “histórico e proporcional” e surge como resposta a ameaças emergentes, incluindo as provenientes da Rússia, do terrorismo, da proliferação nuclear e de ataques cibernéticos. Macron garantiu que o aumento significativo na defesa não será financiado através da emissão de dívida pública.

Os fundos adicionais serão alocados para aumentar as reservas de munições, aquisição de armas de precisão, drones, capacidades espaciais, e ainda para o equipamento necessário para assegurar a realização eficaz das operações militares.

Além disso, os recursos suplementares irão contribuir para o fortalecimento da defesa terrestre e aérea, assim como da guerra eletrónica. O Presidente assegurou aos militares que melhores salários estão nos planos.

Macron enfatizou a importância de uma França forte, afirmando: “Para sermos livres neste mundo, temos de ser temidos. Para sermos temidos, temos de ser poderosos.” Ele sublinhou que mesmo na busca por reduzir a dívida, há espaço para aumentar os investimentos nas Forças Armadas.

Enquanto os partidos conservadores e de extrema-direita apoiam o aumento dos gastos em defesa, os partidos de esquerda criticam o Governo, argumentando que ele deve priorizar os benefícios sociais em vez de despesa militar.