Mariana Mortágua critica acordo EUA-UE: "Um romance de verão que chegou ao fim"
A coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, manifesta descontentamento nas redes sociais em relação ao recente acordo tarifário entre os EUA e a UE, que impõe tarifas de 15% sobre as exportações europeias.

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, expressou a sua insatisfação em relação ao novo acordo comercial firmado entre os Estados Unidos e a União Europeia, na noite de domingo. Este pacto estabelece tarifas aduaneiras de 15% sobre as exportações europeias, um passo que, segundo Mortágua, implica que a Europa está a financiar armas e combustíveis fósseis dos EUA para benefício da indústria alemã.
Na sua conta na rede social X (antigo Twitter), Mortágua começou por criticar a estratégia da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que juntou diversas forças políticas, da extrema-direita aos Verdes, para criar um acordo que, na sua opinião, compromete a tão falada "autonomia europeia". “A 'autonomia europeia' foi uma ilusão passageira que se desfez antes de agosto” afirmou.
O entendimento, conforme relatado por Donald Trump após a sua reunião com von der Leyen em Turnberry, Escócia, estabelece tarifas de 15% em diversos setores, como automóveis e produtos farmacêuticos. A chefe da Comissão assegurou que o acordo é preferível às ameaças de tarifas de 30% que poderiam ter entrado em vigor sem um consenso. Além disso, o pacto inclui compromissos de "tarifas zero" em produtos estratégicos e estabelece compras significativas de energia e equipamento militar dos EUA.
Após o anúncio, vários líderes europeus mostraram-se favoráveis ao acordo, considerando que ele protege os interesses fundamentais da União. Von der Leyen frisou, ainda, que a União Europeia está a reforçar as suas alianças comerciais globais e que continuará a buscar novas oportunidades, afirmando que “a Europa é um parceiro confiável” num contexto internacional instável.