PCP solicita informações ao Governo sobre a residência estudantil em Évora
O PCP interpela o Governo sobre os avanços na conversão da Messe dos Sargentos em residência para estudantes, salientando a urgência da medida no Orçamento do Estado.

O Partido Comunista Português (PCP) dirigiu uma questionamento ao Governo acerca das ações já implementadas para a conversão do edifício da Messe dos Sargentos, localizado em Évora, numa residência para estudantes. Esta questão foi levantada pela deputada do PCP Paula Santos ao ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre.
Na sua interpelação, Paula Santos expressou uma preocupação crescente face à situação que muitos estudantes do ensino superior enfrentam, como a escassez de alojamento público, especialmente para aqueles que necessitam de se deslocar de suas áreas de residência.
Segundo a deputada, em Évora, “as carências em alojamento nas residências estudantis públicas são significativas, e os custos nos arrendamentos privados são elevadíssimos, o que não responde de forma adequada às necessidades dos estudantes”.
A deputada recordou que durante a discussão do Orçamento do Estado para 2025, o PCP apresentou uma proposta, que foi aprovada, solicitando que o Governo iniciasse, ainda neste ano, os trâmites necessários para a transformação do referido edifício em residência estudantil pública.
“Com o novo ano letivo à porta e considerando que a lei do Orçamento do Estado para 2025 está em vigor há mais de seis meses, é fundamental obter um esclarecimento do Governo sobre a situação atual desta iniciativa”, destacou Paula Santos.
A deputada mencionou também que “existem imóveis públicos aptos para serem convertidos em residências estudantis”, referindo especificamente o caso da Messe dos Sargentos, que há dois anos foi objeto de promessas de transformação.
Na ocasião, a reitora da Universidade de Évora, Hermínia Vasconcelos Vilar, havia informado à agência Lusa que o edifício seria cedido à universidade para essa finalidade, contando com financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). A previsão inicial era de um investimento aproximado de 1,5 milhões de euros para a adaptação do espaço, que possibilitaria a criação de cerca de 40 camas. No entanto, desde então, não houve novos desenvolvimentos sobre este projeto.
Atualmente, o edifício permanece encerrado e ainda sob a responsabilidade do Ministério da Defesa.