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Medidas anti-corrupção de Sánchez em resposta a pressões políticas

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, apresentará na quarta-feira um pacote de medidas para combater a corrupção, em resposta às exigências de aliados do Governo.

há 5 horas
Medidas anti-corrupção de Sánchez em resposta a pressões políticas

O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, preparou um conjunto de iniciativas anti-corrupção que será apresentado na quarta-feira no parlamento. Esta ação surge como resposta às reivindicações feitas pelas forças políticas que sustentam o seu governo. A ministra da Educação e do Desporto, Pilar Alegria, confirmou que o pacote inclui propostas solicitadas pelos partidos da coligação, mas não revelou detalhes adicionais.

Sánchez comparecerá perante os deputados para esclarecer as alegações de corrupção que envolvem altos membros do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) e do executivo, após a detenção de Santos Cerdán, ex-"número três" do partido, que foi preso por um caso que abalou a estrutura governamental.

Além de Cerdán, José Luis Ábalos, antigo ministro e ex-dirigente socialista, também se tornou arguido neste processo. O escândalo foi tornado público em junho e sem dúvida representa uma das crises mais significativas enfrentadas por Sánchez no seu mandato, com analistas indicando que poderá ameaçar a sua permanência.

No passado sábado, o próprio Pedro Sánchez admitiu que o Governo enfrenta "dias difíceis", mas reafirmou a sua determinação em não se demitir, enfatizando a responsabilidade de evitar uma coligação de extrema-direita que inclui o Partido Popular (PP) e o Vox, que têm promovido políticas prejudiciais ao estado social e ao ambiente.

O primeiro-ministro também destacou a resiliência da economia espanhola, mesmo em face da frustração do povo e dos militantes socialistas, a quem pediu desculpa por ter confiado em indivíduos que não corresponderam às expectativas. Reiterou que o PSOE enquanto instituição não é corrupto e promete colaborar com as autoridades judiciárias no que diz respeito às suspeitas de envolvimento de ex-dirigentes.

Enquanto os partidos que reelegeram Sánchez em novembro de 2023 ainda manifestam apoio, exercem pressão para que sejam apresentadas explicações claras e medidas efetivas. A Vox e o Somar, em particular, têm expressado uma postura crítica, com a vice-presidenta Yolanda Díaz a afirmar que a crise de corrupção é já um "problema de país", exigindo uma mudança significativa na resposta do governo.

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