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Parque Nacional de Maputo: um Marco de Orgulho para Moçambique

O Governo de Moçambique celebra a inclusão do Parque Nacional de Maputo na lista da UNESCO, um reconhecimento significativo para a biodiversidade do país e do continente africano.

há 6 horas
Parque Nacional de Maputo: um Marco de Orgulho para Moçambique

No dia de hoje, o Governo de Moçambique declarou a inscrição do Parque Nacional de Maputo na lista do Património Mundial da UNESCO como um "marco histórico e de grande orgulho". Segundo Gustavo Dgedge, secretário do Estado da Terra e Ambiente, este reconhecimento "honra a dedicação" do Governo e das comunidades locais na conservação daquela área.

A UNESCO elogiou a vasta diversidade ecológica do Parque, que abriga quase 5.000 espécies, incluindo vários ecossistemas terrestres, costeiros e marinhos. Esta classificação foi aprovada durante a 47.ª reunião da organização em Paris e destaca a importância do Parque na proteção da biodiversidade na região de Maputo, complementando o património do parque iSimangaliso, na África do Sul.

Segundo o comunicado do parque, a sua inclusão na lista da UNESCO representa um passo significativo para a proteção da biodiversidade, com um impacto positivo que se estende por todo o continente africano.

O Parque Nacional de Maputo, que abrange localizações como lagos, lagoas, mangais e recifes de corais, é uma área vital para diversas espécies marinhas da África Austral. Além disso, está diretamente ligado ao parque das Zonas Húmidas de iSimangaliso, que já detém o título de Património Mundial.

A história da conservação ambiental nesta região remonta a 1932, começando como uma área de caça. Com o tempo, a importância da região levou à sua declaração como Reserva Especial de Maputo em 1969. Uma nova fase na gestão do parque começou em 2006 com um memorando de entendimento assinado entre o Governo e a Peace Parks Foundation, permitindo o crescimento do parque através de programas de reintrodução de espécies desde 2010.

Hoje, girafas e elefantes podem ser vistos a circular livremente junto à estrada Nacional 1 (N1), enquanto o parque, que abrange 1.718 quilómetros quadrados, combina ecossistemas marinhos e terrestres. Formalmente criado em dezembro de 2021, o Parque resultou da junção da Reserva Especial de Maputo e da Reserva Marinha Parcial da Ponta do Ouro.

De acordo com o administrador do Parque, a nova designação de Património Mundial aumentará a "visibilidade do parque" a nível global, destacando os seus "valores universais". Ele acrescentou que Moçambique e a África do Sul iniciarão conversações para desenvolver uma gestão coordenada que preserve a integridade dos ecossistemas de ambos os parques.

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