Portugal avalia ativação de apoio europeu para combate a incêndios
O comandante da Proteção Civil informou que o apoio europeu poderá ser solicitado se a presença dos Canadair de Marrocos não for prolongada.

O comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, Mário Silvestre, revelou hoje que, caso Portugal não consiga garantir a continuidade dos dois aviões Canadair disponibilizados por Marrocos, o mecanismo europeu de proteção civil poderá ser ativado. "Dependemos do que conseguirmos negociar com o Reino de Marrocos. Iremos decidir se precisamos de ativar o apoio europeu para mobilizar mais meios aéreos", afirmou Silvestre durante um 'briefing' sobre o combate aos incêndios florestais.
Ele acrescentou que, na eventualidade de Marrocos manter os Canadair disponíveis, não será necessário acionar esse apoio, sublinhando que a equipa portuguesa já conta com outros dois Canadair operacionais. "Com quatro Canadair e os outros meios aéreos, temos os recursos adequados para enfrentar os incêndios que se verificam no país", declarou.
Mário Silvestre informou ainda que foi solicitado um aumento da presença militar das Forças Armadas, principalmente para as fases de rescaldo e consolidação de incêndios, para que os operacionais possam focar no combate às chamas. O Exército já disponibilizou três pelotões de rescaldo, totalizando 60 militares, aos quais se juntam cerca de 300 que estão diariamente em operação. Até ao momento, mais de 3.200 militares foram mobilizados para ajudar no combate aos incêndios, assegurando 35 patrulhas diárias para vigilância e deteção de focos de incêndio.