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Potências Europeias ameaçam sanções ao Irão por progressos no nuclear

O Reino Unido, França e Alemanha podem restaurar sanções contra o Irão se não houver avanços nas negociações sobre o programa nuclear até final de agosto.

16/07/2025 15:25
Potências Europeias ameaçam sanções ao Irão por progressos no nuclear

O Reino Unido, França e Alemanha estão a considerar a reimposição de sanções ao Irão, caso não se verifiquem progressos significativos no acordado para limitar as atividades nucleares do país até ao final de agosto.

O ministro dos Negócios Estrangeiros francês revelou, em declarações feitas em Bruxelas, que “a França, juntamente com os seus aliados, tem o direito de reinstaurar embargos abrangentes em relação a armas, bancos e equipamentos nucleares que foram levantados há uma década.” Ele sublinhou que “sem um compromisso sério, palpável e passível de verificação por parte do Irão, avançaremos com as sanções, no mais tardar até ao fim de agosto.”

As sanções económicas impostas ao Irão foram levantadas em 2015, num acordo que estipulava restrições e vigilância sobre o programa nuclear de Teerão. Contudo, três anos depois, os Estados Unidos saíram do acordo sob a liderança de Trump e reestabeleceram sanções, acusando o Irão de ser o principal apoiador do terrorismo.

Embora o pacto ainda mantenha a sua validade jurídica, os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU têm a autoridade para iniciar o restabelecimento das sanções, um processo que não pode ser vetado. O Reino Unido e a França são dois desses membros permanentes.

No segundo mandato de Trump, foram tentadas novas negociações para um acordo que limitasse as atividades nucleares do Irão, mas estas acabaram por estagnar.

Recentemente, os EUA, em colaboração com Israel, atacaram três instalações nucleares iranianas, nomeadamente a de Fordo, alegando que estas foram “total e completamente destruídas.” Entretanto, o Irão garantiu que esses ataques não interromperiam as suas atividades nucleares.

O Presidente norte-americano declarou que as operações militares foram parte do esforço conjunto com Israel para desmantelar o programa nuclear iraniano. Na sequência, o porta-voz do ministério iraniano anunciou a intenção do ministro e do enviado especial dos EUA para o Médio Oriente se reunirem novamente para discutir o acordo nuclear, embora ainda não haja uma data definida para o encontro, que ocorre sob a pressão de potenciais sanções europeias.

O Irão indicou que mantém a possibilidade de diálogo com os Estados Unidos sobre o seu programa nuclear, mas reafirmou que o cronograma da reunião permanece indefinido.

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