"PS desafia Governo a colaborar na Defesa Nacional"
José Luís Carneiro, secretário-geral do PS, expressa convicção de que o Governo de Luís Montenegro reconhecerá a necessidade de diálogo sobre Defesa.

O secretário-geral do Partido Socialista (PS), José Luís Carneiro, manifestou hoje a sua crença de que o Governo liderado por Luís Montenegro compreenderá a urgência de envolver o PS nas discussões sobre Defesa Nacional.
Após uma visita ao INOVGAIA — Centro de Incubação de Base em Vila Nova de Gaia, Carneiro afirmou: "Estou convencido que o Governo será levado a entender que é fundamental dialogar com o PS." Acompanhado pelo candidato do PS à Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, João Paulo Correia, o dirigente socialista sublinhou que várias entidades da sociedade e da economia também pressionarão o Governo para que esta conversa aconteça.
Na última sexta-feira, Carneiro enviou uma carta a Luís Montenegro propondo uma negociação para um "Acordo Estratégico para um Plano de Desenvolvimento Nacional e de Capacitação da Defesa", com um prazo estipulado de três meses para o alcance de um acordo.
"Na carta, deixamos claro que estamos dispostos a colaborar. Queremos trazer para a mesa do diálogo especialistas do sistema científico nacional, veteranos do Ministério da Defesa, assim como representantes da economia e da educação, para elaborar um plano que fomente o desenvolvimento da sociedade e do Estado", clarificou.
O secretário-geral destacou ainda que a elaboração deste plano deve ser uma prioridade, contribuindo para o fortalecimento da economia, a criação de emprego qualificado e a valorização do sistema científico nacional.
"Nos próximos 10 a 15 anos, temos uma oportunidade de investimento na defesa nacional que deve, conjuntamente, alinhar-se com os esforços europeus, garantindo que se converta em desenvolvimento económico e social para o país", sustentou.
José Luís Carneiro admitiu não ter sido apanhado de surpresa pelo anúncio do aumento do investimento em Defesa para 2% do PIB. "Na verdade, assumimos com o Primeiro-Ministro o compromisso de atingir os 2% do PIB até 2025. A nossa única surpresa foi a menção de 3,5%," acrescentou.