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Reações internacionais ao ataque israelita a igreja em Gaza

Emmanuel Macron, presidente francês, e o governo espanhol expressaram condenação após ataque a uma igreja católica em Gaza, resultando em mortes e feridos.

17/07/2025 23:45
Reações internacionais ao ataque israelita a igreja em Gaza

O presidente francês, Emmanuel Macron, manifestou a sua forte condenação ao ataque israelita à Igreja Católica da Sagrada Família em Gaza, que deixou pelo menos três mortos e vários feridos. Utilizando a rede social X, Macron revelou ter discutido o incidente com o cardeal Pizzaballa, Patriarca Latino de Jerusalém.

Macron reiterou "a solidariedade da França para com todos os cristãos palestinianos que enfrentam ameaças, desde Gaza a Taybeh", e sublinhou que “a continuidade desta guerra é injustificável”, exigindo um cessar-fogo imediato e a libertação de civis e reféns.

O ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Noël Barrot, qualificou o bombardeamento como inaceitável, destacando que a igreja atacada goza de proteção histórica da França. Embora desde a década de 1920 a França não tenha um papel legal formal na proteção dos cristãos católicos orientais, acordos assinados com o Império Otomano em 1901 e 1913, que conferem essa proteção, ainda são reconhecidos por autoridades israelitas e palestinianas.

De acordo com o consulado francês em Jerusalém, a paróquia latina de Gaza está coberta por esta proteção, que inclui direitos como isenções fiscais para as instituições religiosas.

Por sua vez, o Governo espanhol também condenou o ataque, exigindo respeito por locais protegidos pelo Direito Internacional Humanitário e pedindo um fim imediato às hostilidades e ataques a civis. O Ministério dos Negócios Estrangeiros espanhol enfatizou a necessidade urgente de um cessar-fogo para permitir a libertação de reféns e a entrada de ajuda humanitária.

A ofensiva israelita, iniciada após os ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023, provocou já mais de 58 mil mortes, destruição significativa da infraestrutura em Gaza e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas. O Papa Francisco expressou a sua dor pelo desastre e enviou apoio espiritual à comunidade afetada.

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