Economia

Renegociações de crédito à habitação sofrem queda acentuada em maio

Em maio, as renegociações de crédito à habitação caíram 51,4% em relação ao ano anterior, totalizando 355 milhões de euros. O Banco de Portugal revela um cenário de contração significativa neste setor.

04/07/2025 14:35
Renegociações de crédito à habitação sofrem queda acentuada em maio

No mês de maio, o valor das renegociações de crédito à habitação regrediu para 355 milhões de euros, representando uma diminuição de 51,4% comparativamente ao ano passado, conforme indicado pelos dados do Banco de Portugal (BdP).

Em relação ao mês anterior, o montante renegociado caiu em 59 milhões de euros, e a comparação anual revela um recuo de 375 milhões de euros. Este declínio nas renegociações foi um dos principais responsáveis pela redução do total global em renegociações, que caiu 49,4%, fixando-se em 391 milhões de euros. Em termos mensais, a queda foi de 60 milhões de euros.

Em contraste, o total das novas operações de empréstimos, incluindo contratos novos e aqueles renegociados, atingiu 3.289 milhões de euros, um aumento de 11,9% face ao ano anterior e um acréscimo de 284 milhões de euros em relação a abril.

Desse total, 2.898 milhões de euros referem-se a novos contratos, assinalando um crescimento de 33,7% em relação ao mesmo mês do ano passado e um aumento de 344 milhões de euros em cadeia.

Considerando apenas o crédito à habitação, o total contratualizado, incluindo tanto novos contratos como renegociações, alcançou 2.045 milhões de euros, um incremento de 46,5% face ao mesmo mês de 2024 e uma subida de 250 milhões de euros comparado a abril.

Além disso, em maio, 58% do valor dos novos contratos para a aquisição de casa foi solicitado por jovens com 35 anos ou menos, mantendo-se no mesmo patamar do mês anterior.

Relativamente aos empréstimos ao consumo, a taxa de juro média das novas operações caiu para 8,85% em maio, comparado a 9,03% em abril. Para empréstimos destinados a outros fins, a taxa média registou um ligeiro declínio de 0,03 p.p., situando-se em 3,82%.

As empresas também demonstraram um aumento nas novas operações de empréstimos, totalizando 2.717 milhões de euros, um incremento de 754 milhões de euros em comparação a abril e uma melhoria de 38,8% em relação ao ano anterior.

"Os novos contratos subiram para 2.481 milhões de euros, um aumento de 694 milhões de euros, enquanto os contratos renegociados aumentaram 60 milhões de euros, totalizando 236 milhões de euros", esclarece o BdP.

No que se refere às empresas, a taxa de juro média das novas operações de empréstimos caiu 0,33 p.p. em comparação com abril, fixando-se em 3,77%, em contraste com os 5,55% do ano passado.

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