Política

Seguro critica distrações políticas que afastam cidadãos

António José Seguro, candidatando-se à presidência, lamenta que o foco na discussão do Orçamento de Estado de 2026 ignora problemas reais que afligem os cidadãos.

há 5 horas
Seguro critica distrações políticas que afastam cidadãos

Durante uma visita a Setúbal, António José Seguro, candidato às próximas eleições presidenciais, expressou a sua preocupação com a crescente distância entre as discussões políticas e as necessidades reais dos cidadãos. Questionado sobre a possibilidade de o Partido Socialista (PS) votar contra a proposta de Orçamento de Estado para 2026, Seguro manifestou a sua insatisfação com o que considera ser uma distração que "afasta as pessoas da política".

Para ele, "as pessoas estão a sofrer porque muitas não têm uma habitação digna, enfrentam o encerramento de urgências e não conseguem aceder a cuidados de saúde em tempo útil". Seguro considera inaceitável que sejam debatidos votos sobre propostas que ainda não foram apresentadas e que ninguém conhece.

Na sua intervenção, reafirmou a necessidade de centrar a atenção nas dificuldades que as pessoas enfrentam no dia a dia, afirmando: "O nosso papel é afirmar a esperança, mas uma esperança responsável e fundamentada." A sua decisão de voltar ao espaço público e a participação na campanha são vistas como um dever cívico, segundo o candidato.

Além disso, Seguro alertou para o risco de os problemas não resolvidos estarem a alimentar os extremismos políticos. "Cada vez que as instituições democráticas falham em oferecer soluções, criam um ambiente propício para os extremismos", destacou durante o encontro com o Cardeal e Bispo de Setúbal, Américo Aguiar.

O candidato fez ainda uma forte crítica à pobreza em Portugal, afirmando que "as elevadores sociais não estão a funcionar", o que perpetua o ciclo de pobreza entre gerações. Para ele, é fundamental que o Estado social disponha de mecanismos eficazes de proteção para que os cidadãos possam superar a pobreza de forma duradoura.

Por fim, em relação à possibilidade de um governo próximo do Chega, assegurou que a prioridade deve ser encontrar soluções sólidas e duradouras para os problemas que afligem a população, e não "aspirinas" temporárias que tratem sintomas.

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