Nuno Melo Reflete sobre a Evolução do Chega e a Sua Necessidade de Comprovativos

No contexto do Conselho Nacional do CDS-PP, que viu a aprovação de cerca de cem novas coligações autárquicas, Nuno Melo comentou a recente declaração do primeiro-ministro, que, numa entrevista à Antena 1, manifestou a opinião de que o Chega "está a começar a mostrar" uma maior responsabilidade.

Melo, sendo um firme defensor da ideologia democrata-cristã, reiterou a sua crença na "redenção" ao referir-se ao Chega, mas sublinhou a necessidade de "mais umas provazitas" para que essa responsabilidade se possa efetivamente comprovar. Quando interpelado sobre a posição de Luís Montenegro, preferiu limitar-se à sua análise.

Por outro lado, Luís Montenegro, também em entrevista à Antena 1 no programa "Política com Assinatura", assinalou que não possui um parceiro preferencial para diálogo e defendeu que o Chega, na sua visão, "está normalizado" há bastante tempo. Montenegro desafiou o PS a demonstrar "humildade democrática" nesta nova fase política, questionando a sua recente dramatização e radicalização que, segundo ele, contraria as expectativas.

"Estamos apenas no início da legislatura e o PS parece estar a ameaçar uma rutura com o governo. Isto surpreende-me, uma vez que a linha política esperada da atual liderança seria diferente. Também já enfrentei desafios significativos dentro do meu partido", declarou Montenegro.

Quando questionado sobre a fiabilidade dos partidos, Montenegro optou por um discurso de abertura, afirmando que não tem desconfiança a priori e que espera um "espírito construtivo" de ambos. No entanto, destacou que o PS possui um "histórico de maior fiabilidade" e uma "maior responsabilidade política".

Montenegro concluiu afirmando que a responsabilidade do Chega "ainda não se manifestou como deveria", mas reconheceu que está "a começar a mostrar agora". Resta saber se esta evolução será consistente ou se se tratará apenas de uma fase passageira.