Economia

TAP em processo de privatização: governo revela interesse dos investidores

O Ministro das Infraestruturas assegurou que o governo não tem pressa em vender a TAP, enquanto os potenciais compradores expressam vontade de participar no processo.

há 12 horas
TAP em processo de privatização: governo revela interesse dos investidores

Na sua intervenções recentes, o Ministro das Infraestruturas e da Habitação, Miguel Pinto Luz, abordou o tema da privatização da TAP, anunciada na semana passada. Durante uma entrevista à RTP3, o ministro discutiu a atratividade da companhia aérea para investidores, apesar de o Estado ser o acionista maioritário.

Pinto Luz comentou que a TAP provoca paixões, similar a outras empresas aéreas como a Iberia ou a SAS, que também passaram por processos de privatização faseados. Segundo ele, "já no passado aconteceu" e é dessa forma que o mercado opera, maximizando opções.

Questionado sobre possíveis investidores interessados em adquirir 49,9% da TAP, o ministro destacou a importância de um processo transparente, embora não se envolvesse diretamente. "Todos os grupos que foram mencionados mostraram interesse em avançar para a privatização", afirmou.

Ele também deixou claro que não existe espaço para planos informais neste processo, reforçando a atuação do governo em moldes formais e a supervisão por entidades como a Parpública e o Tribunal de Contas.

O cenário mais provável, segundo o ministro, é que quem avance agora numa fase inicial, possa posteriormente assumir o controle total da companhia, mas garantiu que existe flexibilidade neste processo.

Além disso, Pinto Luz reiterou que o governo não discutirá em público os valores referentes à venda da TAP, conforme já tinha sido estabelecido.

Em relação ao interesse de potenciais compradores, mencionou grandes companhias como Lufthansa e Air France, e outros investidores fora da Europa que já mostraram interesse anteriormente. "Vamos ouvir o que o mercado tem a dizer", afirmou.

Sobre a declaração anterior que indicava que a TAP não conseguiria sobreviver sem investimento privado, o ministro esclareceu que os investidores têm consciência das limitações do Estado como acionista e reforçou que "o Estado não está com urgência" para concretizar a venda.

Por último, Pinto Luz abordou uma alegada carta que comprometeria a TAP ao pagamento de dívidas à Azul, apontando que o governo ainda procura a documentação. "Não vou descansar enquanto não ver essa carta," assegurou.

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