Tragédia na Mina de Ouro em Potosí: Cinco Vidas Perdidas

No passado fim de semana, a mina de Amayapampa, localizada no município de Chayanta, no sudoeste da Bolívia, sofreu um desabamento que resultou na trágica morte de cinco mineiros, conforme relataram as autoridades locais.

O incidente ocorreu na sexta-feira e, segundo informações da polícia, os trabalhadores não estavam formalmente empregados na mina, mas tinham licença para realizar a busca de ouro durante os eventos conhecidos como "Paqoma", que permitem a atividade de garimpo nos dias 31 de julho e 01 de agosto de cada ano.

Este não é um caso isolado; em março, um desabamento semelhante numa mina no departamento de La Paz provocou a morte de outros cinco mineiros e deixou dois feridos.

Amayapampa destaca-se como a maior mina da região de Potosí, onde a exploração de ouro em céu aberto é gerida pela Corporação Mineradora Boliviana. Contudo, a realidade da mineração na Bolívia é complexa, dividindo-se entre o setor estatal, privado e cooperativas que operam com autonomia, muitas vezes em condições de segurança mínimas.

As cooperativas, que constituem um segmento importante da indústria mineira, frequentemente lidam com locais de trabalho precários, o que torna os trabalhadores vulneráveis a acidentes. Além disso, os desastres nas minas bolivianas são frequentemente relacionados à inalação de gases tóxicos, quedas de pedra e, em menor escala, explosões.