UE levanta voz contra atrocidades em Sweida, Síria
A União Europeia manifesta preocupação com a violência contra civis em Sweida e pede respeito pelo cessar-fogo e proteção dos cidadãos.

A União Europeia (UE) expressou, hoje, forte repúdio pelos recentes atos de violência perpetrados contra civis na cidade síria de Sweida, uma região predominantemente drusa. A situação crítica levou a UE a emitir um comunicado, no qual exorta todos os intervenientes a respeitarem o acordo de cessar-fogo estabelecido na terça-feira, a protegerem os civis e a erradicarem o discurso de ódio e sectarismo.
“As autoridades de transição são responsáveis por acalmar a situação, garantir a responsabilização por crimes cometidos e promover uma transição política inclusiva. A UE está disposta a prestar assistência a esses esforços”, pode ler-se na nota.
Sweida, localizada no sul da Síria, tem sido abalada por intensos confrontos entre comunidades drusas e beduínas, levando o governo sírio a desplugar forças na segunda-feira para tentar acalmar a situação. Contudo, a movimentação militar nas proximidades da fronteira com Israel resultou em ataques israelitas contra posições do regime sírio, justificando a ação em nome da comunidade drusa e a exigência de desmilitarização na área.
O comunicado da UE também faz um apelo a todos os atores externos para que respeitem a soberania e integridade territorial da Síria, à luz da recente escalada de ataques israelitas. Justamente, Israel bombardeou, hoje, o quartel-general das forças armadas sírias em Damasco, após atacar posições em Sweida no dia anterior.
Segundo informações da televisão estatal síria, o ataque resultou em dois feridos no centro de Damasco, sendo este o primeiro incidente na capital desde o início dos intensos confrontos no sul do país.
De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), os combates resultaram na morte de pelo menos 248 pessoas desde domingo, incluindo 64 combatentes drusos e 28 civis drusos, dos quais 21 foram mortos sumariamente por forças governamentais. Além disso, 138 membros das forças de segurança e 18 combatentes beduínos também perderam a vida.