Economia

Acordo entre Congo e Ruanda para Formação de Bloco Económico Regional

A RDCongo e o Ruanda firmaram um entendimento em Washington para fomentar uma integração económica regional, num passo significativo para a paz e prosperidade na região dos Grandes Lagos.

há 3 horas
Acordo entre Congo e Ruanda para Formação de Bloco Económico Regional

A República Democrática do Congo (RDCongo) e o Ruanda estabeleceram um acordo em Washington na passada sexta-feira, com vista à criação de uma estrutura de integração económica regional, conforme anunciado hoje. Este entendimento resulta do acordo de paz assinado em junho, que visa fomentar a cooperação e o desenvolvimento na região.

O Gabinete de Assuntos Africanos do Departamento de Estado dos EUA destacou que a formalização deste acordo permitirá explorar o "incrível potencial económico da região dos Grandes Lagos", contribuindo para a promoção de uma paz duradoura e prosperidade na área.

Os princípios acordados contemplam uma colaboração em várias áreas, incluindo energia, infraestruturas, mineração, gestão de parques nacionais, turismo e saúde pública.

O entendimento foi alcançado após a assinatura de um acordo de paz em Washington, no dia 27 de junho, mediado pelo então presidente dos EUA, Donald Trump, que teve como objetivo a resolução de tensões bilaterais que perduraram por mais de três décadas, além de promover investimentos significativos na região rica em minerais estratégicos.

A RDCongo e o Ruanda comprometeram-se a implementar um quadro de integração económica regional nos próximos 90 dias, conforme reafirmado por Washington.

A primeira reunião do Comité Conjunto de Acompanhamento do acordo de paz ocorreu na quinta-feira, permitindo avaliar os progressos feitos na sua execução. O conselheiro de Trump para África, Massad Boulos, afirmou nas redes sociais que esses marcos evidenciam um avanço importante na segurança e na cooperação económica.

Simultaneamente, o Governo congolês e o grupo rebelde Movimento 23 de Março (M23) acordaram em Doha, no dia 19 de julho, uma declaração de princípios com o intuito de cessar os conflitos no leste do país. Este desenvolvimento surge numa altura em que a violência na região cedeu, especialmente após o M23 ter capturado Goma, capital da província de Kivu do Norte, no início do ano.

Este conflito tem causado um número elevado de vítimas e forçado mais de 1,2 milhões de pessoas a abandonarem as suas casas, segundo relatórios do Conselho Norueguês para os Refugiados. O leste do Congo tem estado em guerra desde 1998, enfrentando a instabilidade provocada por milícias rebeldes, apesar da presença da missão da ONU (Monusco).

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