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Alemanha desvincula-se do envio de mísseis Patriot para a Ucrânia

O porta-voz do Ministério da Defesa alemão nega conhecimento sobre o envio dos mísseis Patriot à Ucrânia, após declarações contrárias de Trump.

há 11 horas
Alemanha desvincula-se do envio de mísseis Patriot para a Ucrânia

O porta-voz do Ministério da Defesa da Alemanha declarou esta quarta-feira que não tem informação sobre qualquer envio dos mísseis Patriot para a Ucrânia, contrariando as recentes afirmações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Em entrevistas à rádio sueca SRF, o porta-voz enfatizou que “não pode confirmar que haja algo a caminho. Isso não está ao meu conhecimento.” Ele também mencionou que uma reunião online está programada para o dia 21 de julho com o Grupo de Contato para a Defesa da Ucrânia, com o objetivo de discutir a implementação dos sistemas Patriot “o mais rapidamente possível”.

A declaração surge poucas horas após Trump ter afirmado que os sistemas de defesa já estavam em trânsito para a Ucrânia. O presidente americano disse aos jornalistas: “Já estão a caminho. Estão a vir da Alemanha e depois serão substituídos pela Alemanha.”

Os mísseis Patriot fazem parte de um acordo recente entre a NATO e os Estados Unidos, onde a aliança se compromete a financiar o armamento enviado para a Ucrânia. Trump assegurou que os EUA providenciarão equipamentos militares avançados e que a Ucrânia pagará por 100% desses custos.

No entanto, há divisões entre os aliados, com fontes que indicam que França não irá participar nesta iniciativa. O presidente francês tem defendido o investimento na indústria de defesa europeia, aumentando também os gastos nacionais neste setor.

De forma similar, Itália deverá ficar à parte do acordo. O jornal La Stampa reporta que Roma está atualmente focada na produção de sistemas tecnológicos distintos, como o sistema SAMP/T, desenvolvido em parceria com a França, que já foi enviado à Ucrânia. O ministério italiano da defesa esclareceu que essa decisão não reflete uma falta de apoio a Kyiv, mas sim uma preferência por “explorar alternativas diferentes”, sublinhando que continuarão a ajudar na logística do envio de armas dos Estados Unidos para a Ucrânia.

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