Guterres classifica de "inadmissíveis" os ataques a locais de culto em Gaza
O secretário-geral da ONU repudiou o bombardeio à Igreja da Sagrada Família, destacando a necessidade de proteção aos civis em situações de conflito.

António Guterres, secretário-geral da ONU, expressou hoje a sua condenação ao ataque israelita à Igreja da Sagrada Família, a única igreja católica restante na Faixa de Gaza. Este bombardeio resultou na morte de pelo menos duas pessoas, embora o Ministério da Saúde de Gaza tenha reportado quatro fatalidades.
Guterres enfatizou que "ataques a locais de culto são absolutamente inaceitáveis" e sublinhou que a igreja, além de ser um espaço religioso, serviu como abrigo para civis deslocados pela guerra na região. "Pessoas que buscam refúgio merecem ser respeitadas e protegidas, não alvo de bombardeios. Muitas vidas se foram já", disse.
O exército israelita manifestou pesar pelos danos causados à igreja e pelas vidas perdidas, conforme um comunicado divulgado.
Entre os feridos, destaca-se o pároco argentino Gabriel Romanelli, que recebeu a preocupação do Papa Francisco diariamente desde o início da invasão israelita até pouco antes da sua morte, em 21 de abril, para se informar sobre a situação dos refugiados na igreja.
Do Vaticano, Leão XIV lamentou profundamente a perda de vidas e os feridos provocados pelo ataque à Sagrada Família, reafirmando a "proximidade espiritual" ao padre Gabriele Romanelli e à comunidade paroquial, através de um telegrama em nome do Papa.