Críticas ao Suplemento de Pensões: "Um Café por Dia para Quem Recebe 600€"
O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, criticou o suplemento de pensões anunciado pelo Governo, sublinhando sua natureza temporária e propondo um aumento permanente das pensões sociais.

Em entrevista à CNN Portugal, José Luís Carneiro, o secretário-geral do Partido Socialista (PS), expressou a sua preocupação em relação ao suplemento extraordinário para pensões até 1.567,50 euros, anunciado pelo primeiro-ministro Luís Montenegro. Carneiro argumentou que o apoio, previsto para setembro, é retirado em janeiro, sublinhando que, para pensões de 600 euros, o valor diário representa apenas 36 cêntimos, insuficiente para cobrir as necessidades básicas. "É um café a cada três dias", afirmou.
Criticando o que chamou de "eleitoralismo" do Governo, sublinhou que, mesmo com estas medidas, o Executivo opta por estratégias que não resolvem a situação. Discutindo a possibilidade de uma abordagem diferente, Carneiro afirmou que o PS está disposto a apoiar um aumento permanente das pensões sociais, ressaltando que há cidadãos a viver com apenas 300 euros mensais.
Durante a entrevista, também se referiu às "manobras" do Governo com o Chega, que, segundo ele, distraem da falta de políticas públicas eficazes. Citou um suposto acordo entre o Chega e o Governo, que o primeiro-ministro negou, pedindo clareza sobre a situação.
Carneiro fez ainda um apelo à colaboração com o Governo em áreas como a Justiça e Defesa, e criticou a votação da alteração da lei dos estrangeiros, argumentando que não houve consulta suficiente aos tribunais. Enfatizou a necessidade de trabalhar com dados corretos e não "falseados" que têm afetado a gestão de políticas de imigração.
Concluiu a entrevista destacando que a Polícia Judiciária está a realizar operações contra a criminalidade organizada devido aos poderes concedidos pelo Governo do PS, reafirmando a importância de uma liderança responsável e esclarecida.