Incêndio em Fornos de Algodres com Duas Frentes Controladas
O incêndio em Fornos de Algodres apresenta duas frentes ativas, mas a situação está sob controlo, conforme indicou o vice-presidente da câmara municipal.

A situação em Fornos de Algodres, no distrito da Guarda, revela duas frentes de incêndio em atividade, embora o vice-presidente do município, Alexandre Lote, afirme que a situação está "mais calma".
"Registamos algumas reativações em Casal do Monte que estão a ser controladas pelos bombeiros. Além disso, há uma frente em evolução nas proximidades da Fraga da Pena, onde uma máquina do ICNF (Instituto de Conservação da Natureza e Florestas) está a preparar um corta-fogo com o apoio de operacionais para conter as chamas", explicou Lote à agência Lusa.
O autarca acrescentou que, se a estratégia em Fraga da Pena falhar, existe a possibilidade de as chamas dirigirem-se para as aldeias de Muxagata ou Maceira, dependendo da orientação do vento.
Foi reportada a destruição de uma habitação em Casal do Monte, embora Lote não tenha conseguido confirmar este detalhe até ao momento.
Felizmente, durante o dia, não foram necessárias evacuações nas localidades de Queiriz, Casal do Monte e Aveleiros, apesar da ameaça do incêndio que se alastrou a partir de Trancoso.
O vice-presidente expressou descontentamento pela falta de meios aéreos durante a tarde, refere ainda que "passámos quatro horas sem suporte aéreo, um facto incompreensível, pois teve como consequência a reativação de focos que pareciam controlados".
O incêndio, que começou no sábado em Trancoso, já devastou cerca de 14.000 hectares, segundo dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS). Este órgão, que utiliza imagens de satélite do programa europeu Copernicus, aponta que a área afetada totaliza 13.741 hectares, abrangendo não só Fornos de Algodres, mas também Aguiar da Beira e Celorico da Beira.
De acordo com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), desde o início do ano, Portugal já registou 63.247 hectares ardidos, metade dos quais nos últimos 21 dias, revelando que a área afetada este ano é nove vezes superior ao mesmo período do ano anterior e a segunda maior desde 2017.
O país encontra-se em alerta devido ao risco de incêndios rurais desde o dia 2 de agosto.