Kremlin expressa choque pela morte de ex-ministro e anuncia investigação
A Presidência russa demonstrou estar "chocada" com a morte do ex-ministro dos Transportes, Roman Starovoyt, ocorrida após a sua demissão e considerada um suicídio.
Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin, revelou hoje que a Presidência da Rússia está a aguardar os resultados da investigação sobre a morte de Roman Starovoyt, ex-ministro dos Transportes, de 53 anos. A morte foi anunciada como um suicídio, algo que, segundo Peskov, "chocou também a nós".
O incidente aconteceu horas após a demissão de Starovoyt, que foi oficialmente destituído do cargo depois de um decreto assinado pelo presidente Vladimir Putin. Em declarações à agência de notícias estatal russa Tass, Peskov afirmou: "Está a decorrer uma investigação e esta deverá esclarecer todas as questões que envolvem este caso".
O corpo de Starovoyt foi encontrado dentro do seu veículo, com um ferimento de bala, mas a hora exata do falecimento não foi divulgada. O Comité de Investigação da Rússia afirmou que a principal "teoria" será a de suicídio.
Vladimir Putin nomeou Andrei Nikitin, antigo adjunto de Starovoyt, como novo ministro dos Transportes, uma decisão que terá de ser analisada pela Duma, o parlamento russo. Durante intervenções esta manhã, tanto o presidente da Duma, Vyacheslav Volodin, como Nikitin, não se referiram a Starovoyt.
Este evento ocorre num momento em que os aeroportos russos enfrentam repetidos encerramentos temporários, supostamente devido a ataques de drones ucranianos. A imprensa russa sugere que a saída de Starovoyt pode estar relacionada com alegações de corrupção na construção de fortificações na região de Kursk, onde ele foi governador até 2024.
Até ao momento, a Presidência russa não comentou as notícias relacionadas com possíveis fraudes.