Mercedes-Benz aposta em baterias de estado sólido para revolucionar os elétricos
A Mercedes-Benz está a desenvolver baterias de estado sólido e visa iniciar a produção em série até ao final da presente década, elevando assim o patamar dos veículos elétricos.

A Mercedes-Benz está a investir fortemente na tecnologia de baterias de estado sólido, com o intuito de dar um passo significativo para a produção em série nos seus modelos elétricos até ao final desta década. Este avanço tecnológico representa uma resposta ao crescente potencial que muitos fabricantes automóveis estão a reconhecer nesta área.
Markus Schäfer, Diretor de Desenvolvimento da marca, partilhou com a Automobilwoche a expectativa de que "seremos capazes de levar esta tecnologia à linha de produção antes do término da década". Estes desenvolvimentos fazem parte de um esforço conjunto que se iniciou em 2021, com os engenheiros da Mercedes e da Factorial a darem início aos testes em estrada.
No contexto desse projeto, um veículo totalmente elétrico da Mercedes, ligeiramente modificado, foi equipado com uma bateria de estado sólido e todos os acessórios necessários. Os ensaios em estrada começaram após uma série de testes laboratoriais prévios que ocorreram até ao final de 2024.
A proposta da Mercedes é que o novo carro de desenvolvimento apresente uma autonomia superior a 1.000 km, superando o sistema EQS 450+, que com uma bateria de 118 kWh, alcança cerca de 800 km.
Outros fabricantes, como a Honda e a BYD, também estão a explorar esta tecnologia e projetam introduzi-la em produção em série dentro desta mesma década. As baterias de estado sólido destacam-se pela sua longevidade, maior densidade energética e rapidez de carregamento, tornando-as uma solução promissora para o futuro dos veículos elétricos.
Essencialmente, as baterias de estado sólido oferecem uma maior segurança, uma vez que o eletrólito é sólido, reduzindo assim o risco de incêndios provocado por fugas de líquido, uma preocupação comum nas baterias de iões de lítio.
Apesar das promessas, existem ainda desafios a superar, particularmente em termos de produção em massa e os custos associados, dado que a fabricação destas baterias envolve um processo diferente e uma maior quantidade de lítio. A temperatura de funcionamento também é uma questão a ser considerada.