Ministra da Justiça interpelada pelo Chega após fuga de reclusos em Alcoentre
O Chega solicita a presença da ministra da Justiça no Parlamento, alegando falhas graves no sistema prisional após a recente fuga de dois presos em Alcoentre.

O Chega anunciou que vai requerer a audição da ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, na Assembleia da República, na sequência da fuga de dois reclusos da prisão de Alcoentre. André Ventura, líder do partido, manifestou preocupação ao afirmar que "o sistema prisional está a implodir".
Em declarações aos jornalistas, Ventura enfatizou que a segurança dos estabelecimentos prisionais está comprometida, alegando que "não são os guardas a vigiar os presos, mas sim os presos a vigiar os guardas". O presidente do Chega acredita que, se não forem tomadas medidas corretivas, as fugas continuarão a ocorrer.
Ventura criticou a ministra da Justiça por ignorar a situação há tempos, referindo que "a falta de autoridade e de meios está a destruir o sistema por dentro". Ele frisou que, embora tenha havido uma fuga, a captura dos reclusos fugidos é digna de reconhecimento pelas autoridades competentes.
O líder do Chega também aproveitou a conferência de imprensa para abordar questões educativas, mencionando ter recebido denúncias de "critérios de privilégio" no acesso a vagas escolares para crianças imigrantes em detrimento dos filhos de desempregados. Para Ventura, essa prática contraria a legislação atual.
Adicionalmente, o Chega pretende solicitar uma série de audições na comissão de Educação, ouvindo professores e encarregados de educação, com o objetivo de revogar orientações que priorizem matrículas de alunos migrantes.
Por fim, Ventura afirmou que o partido apoiará a proposta de uma comissão de inquérito à gestão do INEM e voltou a pedir uma auditoria ao funcionamento do Ministério da Saúde.