PS critica silêncio de Montenegro sobre transporte de doente
O PS manifestou preocupação com o atraso no transporte de um doente com traumatismo craniano, acusando o primeiro-ministro de não se pronunciar sobre a situação.

No âmbito do primeiro Secretariado Nacional do PS, realizado após as eleições de sábado, a dirigente Maria Antónia de Almeida Santos expressou a sua profunda inquietação relativamente à situação da saúde pública, especificamente em relação ao recente incidente do transporte de um doente com traumatismo craniano entre Castelo Branco e Coimbra, utilizando um helicóptero da Força Aérea.
A dirigente socialista sublinhou a "desresponsabilização" que se verifica entre os ministérios envolvidos e criticou o que considerou ser um "silêncio ensurdecedor" do primeiro-ministro, Luís Montenegro. "É fundamental que o primeiro-ministro se pronuncie sobre este assunto e responda às questões levantadas por outros políticos. O seu silêncio é incompreensível e inaceitável", afirmou Maria Antónia de Almeida Santos.
A dirigente destacou ainda a falta de responsabilização clara entre os ministérios da Saúde e da Defesa, bem como a direção executiva do SNS, nomeando o que chamou de um "passa culpas" na gestão da situação.
O Ministério da Defesa esclareceu que o helicóptero que transportou o doente do Montijo levou 2 horas e 15 minutos, um tempo que, segundo o ministério, já contempla o período de espera do doente, contrariamente a alegações anteriores que afirmavam que a operação tinha demorado mais de cinco horas. "Desde a descolagem até a entrega do doente em Coimbra, o processo durou 02h15", comunicou o ministério.
O INEM também comentou a situação, ressaltando que a decisão de transferir o paciente de helicóptero foi uma "decisão médica conjunta", levando em conta o estado clínico do utente e a disponibilidade de recursos naquele momento. "Esta escolha foi feita com base nos critérios clínicos e nas variáveis que poderiam impactar a saúde do doente", indicou o INEM.