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Orbán ameaça vetar orçamento europeu até que Hungria receba fundos de Bruxelas

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, afirma que não aprovará o novo orçamento da UE sem a liberação dos fundos retidos pela Comissão Europeia.

há 9 horas
Orbán ameaça vetar orçamento europeu até que Hungria receba fundos de Bruxelas

O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, declarou que o país não dará o seu aval ao novo orçamento comunitário até que os fundos europeus, atualmente bloqueados pela Comissão Europeia, sejam libertados. Esta posição foi revelada durante um discurso na Universidade de Verão de Baile Tusnad, na Roménia.

"Não haverá orçamento europeu até recebermos o nosso dinheiro", afirmou Orbán, enfatizando a necessidade da Hungria de receber os 12.000 milhões de euros que já lhe foram atribuídos, representando apenas metade do valor que deveria ter recebido.

A Comissão Europeia tem retido pelo menos 10.000 milhões de euros devido a questões relacionadas com o Estado de direito na Hungria. Existem receios de que Budapeste esteja a cumprir apenas metade dos 27 critérios estabelecidos em negociações com Bruxelas para que possa aceder a estes fundos.

Orbán recordou que a aprovação do orçamento europeu exige unanimidade entre os estados-membros e afirmou estar preparado para bloquear o processo. O líder ultranacionalista criticou a atual liderança da União Europeia, defendendo que Bruxelas se encontra numa posição em que, segundo ele, o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, vê o continente não como um aliado, mas como um "adversário político".

Na sua análise, Orbán previu que na atual "guerra comercial" a UE só poderá firmar acordos desfavoráveis com os EUA, destacando a necessidade de uma mudança significativa na liderança da comissão.

Segundo ele, a União Europeia está a entrar numa "guerra comercial" com os EUA e a China, ao mesmo tempo que lida com o conflito em curso com a Rússia, particularmente em relação à Ucrânia.

O governo húngaro, alinhado com Moscovo, mantém uma relação tensa com a Ucrânia, país que tem sido alvo de uma agressão russa desde 2022. Orbán reiterou que a União Europeia não deveria considerar a integração da Ucrânia, uma vez que isso implicaria a importação de um conflito para dentro do bloco europeu.

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