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Saída das Forças Governamentais da Província de Sweida Marca Novo Capítulo de Conflitos

O Governo sírio inicia retirada de Sweida após acordo de cessar-fogo, enquanto a situação na região se agrava com recentes confrontos intercomunitários.

há 10 horas
Saída das Forças Governamentais da Província de Sweida Marca Novo Capítulo de Conflitos

As forças do Governo sírio iniciaram a sua retirada da província de Sweida, predominantemente drusa, situada no sul do país. A informação foi confirmada tanto pelo Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) como por testemunhas que falaram à agência France-Presse (AFP).

A saída das tropas governamentais ocorre na sequência da declaração de um cessar-fogo na quarta-feira. Durante um pronunciamento, o Presidente interino Ahmad al-Charaa anunciou que a responsabilidade pela segurança na província seria transferida para "fações locais" e líderes religiosos, numa tentativa de restaurar a ordem em meio a tensões intercomunitárias que já resultaram em mais de 350 mortes desde o último domingo.

"Os esforços do Estado para garantir a estabilidade e expulsar as fações ilegais foram eficazes (...). A intervenção mediadora dos Estados Unidos, países árabes e Turquia contribuiu para evitar um desfecho catastrófico para a região", afirmou o Presidente em uma mensagem televisionada.

A escalada de confrontos entre a comunidade drusa e tribos beduínas, que teve início no passado domingo, levou o Governo sírio e seus aliados a deslocar tropas para a área anteriormente dominada por combatentes drusos locais.

O OSDH, juntamente com grupos drusos e outras testemunhas, denunciou abusos cometidos pelas forças de segurança do regime. Na mesma quarta-feira, Israel lançou vários ataques na Síria, incluindo dois alvos em Damasco, direcionados ao quartel-general do exército e a um local próximo ao palácio presidencial.

Segundo o OSDH, os confrontos entre as comunidades drusa e sunita em Sweida causaram a morte de mais de 350 indivíduos desde o fim de semana passado. A entidade também reportou pelo menos dois ataques aéreos israelitas na cidade, que, alegadamente em apoio aos drusos, resultaram na morte de 15 soldados e membros das forças de segurança sírias.

Os bombardeamentos israelitas foram alvo de condenação por parte do Governo sírio e da comunidade internacional, que expressaram preocupação com a escalada dos confrontos na região.

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