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Senado dos EUA aprova redução de nove mil milhões em ajuda externa

O Senado norte-americano deu luz verde a cortes orçamentais de nove mil milhões de dólares, propostos pelo Presidente Trump, com impacto significativo em média e ajuda internacional.

há 6 horas
Senado dos EUA aprova redução de nove mil milhões em ajuda externa

O Senado dos Estados Unidos acabou de aprovar cortes orçamentais no valor de nove mil milhões de dólares, numa medida solicitada pelo Presidente Donald Trump, que se destina a afetar o serviço público de radiodifusão e a assistência externa.

A proposta legislativa segue agora para a Câmara dos Representantes, onde poderá ser debatida. Embora tenha um impacto marginal na dívida nacional, estes cortes podem influenciar severamente o orçamento da Corporação para Radiodifusão Pública (CBP) e a ajuda alimentar que os EUA oferecem a outros países.

Os fundos destinados à radiodifusão sofrerão um corte de 1,1 mil milhões de dólares (aproximadamente 949,3 milhões de euros), afetando principalmente a estação pública de rádio, NPR, e a televisão PBS. Este montante seria suficiente para garantir a operação destas estações por dois anos.

Após a votação, Katherine Maher, diretora-geral da NPR, fez um apelo à Câmara dos Representantes, urgindo para que esta não aceite a eliminação dos meios de comunicação públicos, sublinhando que tal decisão teria um impacto direto nas comunidades e que poderia colocar vidas em risco.

Dos nove mil milhões de dólares, sete mil milhões (cerca de seis mil milhões de euros) irão impactar uma série de programas de ajuda externa. No entanto, algumas vozes republicanas no Senado estão a apresentar resistência a estas medidas de austeridade.

Uma das iniciativas que poderá sofrer consequências é o PEPFAR, o Plano de Emergência do Presidente dos EUA para o Alívio da Sida, instituição criada pelo ex-presidente republicano George W. Bush.

Russ Vought, diretor do Gabinete de Gestão e Orçamento, adiantou que a aprovação de novos cortes orçamentais é um sinal do compromisso do governo em regular a situação fiscal do país. “Estamos satisfeitos por conseguirmos dar este passo”, afirmou.

Sobre a magnitude dos cortes, Vought explicou que o montante de nove mil milhões foi escolhido por ser mais viável de ser aprovado no Congresso, adiantando que mais cortes estão a ser planeados. "É provável que um novo pacote de rescisões esteja a caminho”, revelou.

Por sua vez, o presidente da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, declarou que é essencial “retomar a sanidade fiscal” e considerou este um “passo crucial”. “Não podemos usar os fundos dos contribuintes para atividades no estrangeiro. Este pacote visa precisamente interromper isso”, concluiu Johnson.

A votação, realizada pouco depois das 02:00, hora local (06:00 em Lisboa), resultou em 51 votos a favor e 48 contra, após longas 12 horas em que os democratas tentaram sem sucesso alterar as propostas de redução.

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